Mercado de telecom deve recuar 0,3% em 2019, prevê IDC Brasil

O mercado de telecomunicações brasileiro deve registrar uma pequena retração de 0,3% em 2019, de acordo com previsões realizadas pela consultoria especializada em tecnologia IDC Brasil. O mercado de TI, por sua vez, deve avançar 10,5% no mesmo período, impactado pela vertical de dispositivos. Somado, o setor de TICs deve fechar o ano com crescimento de 4,9%.

Caso confirmado, o resultado negativo do segmento de telecomunicações manteria "a tendência dos últimos anos", conforme a consultoria. No ano passado, a previsão da IDC Brasil para o setor de TICs previa recuo de 0,1% em telecom e alta de 5,8% em TI, totalizando crescimento de 2,2% para o setor de TICs.

A consultoria destaca também o papel dos provedores regionais no mercado de banda larga fixa, que mesmo com um parque grande em rádio, avança com rede de fibra (FTTH). A previsão é que este ano aumentem sua participação em 5 pontos percentuais, ultrapassando os 25% de market share. Atualmente, segundo dados da Anatel referentes a dezembro de 2018, os ISPs contam com 20,13% do mercado.

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Pela análise da IDC, a marca da operadora é o atributo "menos importante" na hora de o cliente escolher a banda larga fixa residencial. Neste contexto, a empresa afirma que o mercado de provedores regionais mantém a aceleração em fusões e aquisições. Em serviço de comunicação multimídia (SCM) em geral, a companhia chama atenção para crescimento do segmento B2B, incluindo em ARPU e margem, por conta do mix de produtos, incluindo serviços de data center, cloud, voz fixa e móvel.

A IDC ainda prevê que em 2019, as soluções de próxima geração – serviços gerenciados e soluções inteligentes, como inteligência artificial e machine learning – deverão atingir US$ 671 milhões no Brasil, crescendo em ritmo 2,5x mais rápido do que soluções tradicionais. Por sua vez, os gastos em serviços de gestão de segurança (MSS, na sigla em inglês) ultrapassarão US$ 548 milhões, com um "acirramento da competição entre provedores puros e operadoras de telecomunicações". Os investimentos em 5G deverão acontecer ainda de forma gradual, sem trazer tanto impacto para o setor.

(Colaborou Henrique Medeiros, do Mobile Time.)

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