Fornecedores ainda apostam no interesse das incumbents

A ausência da Telefônica e Telemar na entrega de propostas para a licitação das frequências de 3,5 GHz e 10,5 GHz não intimida fornecedores, que esperam que as incumbents venham ainda a manifestar interesse em novas concorrências. Na terça-feira, 4, apenas duas concessionárias apareceram entre as concorrentes: a Embratel e a Brasil Telecom (BrT), por meio da Vant (licenciada para SCM que tem participação da operadora fixa). Segundo um executivo ligado a um grande fornecedor de equipamentos para telecomunicações, as duas empresas mantêm planos para a adoção da tecnologia ponto-multiponto nestas faixas de radiofreqüencia, mas preferem entrar na licitação depois, com a expectativa de obter melhores condições de preço e menos concorrência. A estratégia é semelhante à adotada por empresas nos leilões do SMP, observa a fonte.

Empresas

De um modo geral, as concessionárias devem utilizar as licenças para fornecer acesso de banda larga, para dados e voz corporativos, fora de suas áreas de concessão. A Embratel deve cobrir as principais capitais do País, na substituição de links ponto-a-ponto que já utiliza atualmente para o atendimento a grandes clientes, e na busca de novos usuários, especialmente do segmento de médias e pequenas empresas.

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As cinco pequenas licenciadas de SCM que também entregaram propostas (DirectNet, Grupo Editorial Sinos, Inforwave, Universal Comunicações e WKVE) buscam licenças para atuação regional. Empresas como WKVE, de Governador Valadares (MG), DirectNet, de São José dos Campos (SP), e Inforwave, de Juiz de Fora (MG) já oferecem serviços sem fio de acesso de internet de banda larga com frequências livres (2,4 GHz e 5,8 GHz). A Universal, com sede em São Paulo e com interesse nas áreas 11 (Grande São Paulo), 21 (Rio de Janeiro) e 35 (Sul de Minas) é especializada na instalação de sistemas de acesso de rádio e pretende agora tornar-se também uma operadora do serviço. A Inforwave está interessada em todas as áreas de numeração do Estado de Minas Gerais.
O número de proponentes às faixas de 3,5 GHz a 10,5 GHz foi considerado baixo pelos fornecedores, principalmente por conta da demora para sua realização. O chamamento público para as faixas, no início de 2000, apresentou resultado bastante significativo, com a solicitação de cerca de 6 mil canais, recorda Lierson Brigido , diretor de marketing da Marconi, fornecedora de equipamentos de rádio. Nos últimos três anos, contudo, outras soluções como o ADSL foram empregadas e acabaram por ocupar uma boa parte do espaço que seria atendido com sistemas ponto-multiponto.

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