O Ministério das Comunicações e o Gired (grupo de implementação da TV digital) devem divulgar, ainda este mês, o novo cronograma de desligamento do sinal analógico para 2016, com mudanças substanciais. Além do switch-off de Rio Verde (GO), que foi transferido para 15 de fevereiro deste ano, o desligamento deve se restringir apenas a Brasília, entre as grandes cidades, e mais 11 municípios do entorno da capital federal, pertencentes aos estados de Goiás e Minas Gerais.
É o que antecipa notícia publicada pelo próprio site do Minicom, no final do ano passado. A exclusão de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, que constam do cronograma atual, não foi confirmada oficialmente, mas é dada como certa por fontes ligadas ao tema. Os principais motivos não são mais os Jogos Olímpicos ou as dificuldades no atingimento do percentual de digitalização. A bola (ou argumento) da vez é a eleição municipal.
Como não há eleição municipal em Brasília, a cidade será mantida e o desligamento pode até acontecer antes do final da Olimpíada, como se previa anteriormente. Segundo fontes ouvidas por este noticiário, o novo cronograma deve ser elaborado levando em conta premissas básicas, como os recursos disponíveis para a digitalização, a necessidade de entrega da frequência comprada pelas teles na data combinada e a capacidade de recepção do sinal digital por 93% dos domicílios que atualmente recebem a programação da TV aberta.
Nesse quesito foi obtido um avanço no debate entre teles e radiodifusores. Os representantes das emissoras de televisão aceitaram abrir mão da margem de erro da pesquisa, o que significa que o desligamento pode ser autorizado com 90% dos lares atendidos e considerados aptos os domicílios exclusivamente atendidos por TV a cabo e também aqueles com cabo digital que tenham um segundo aparelho apto a receber a TV aberta digital.
Será avaliada também a possibilidade de distribuição do conversor para além dos beneficiários do Bolsa Família. Mas, nesse caso, a caixinha será simples, sem o Ginga, que garante a interatividade. As propostas devem partir do Gired, que ainda não tem data para voltar a se reunir. A experiência de Rio Verde é que deverá orientar esta decisão.
E lá vamos nós…
Depois que passarem as Olimpíadas, as eleições, o dia das crianças, Finados, Proclamação da República, qual será a nova desculpa?
"Ah… as pessoas não vão conseguir assistir ao carnaval de 2020 então adie o switch-off"?
Todo mundo sabe que é ano eleitoral… que planejamento de projeto é este que não considera este tipo de risco em seu cronograma? Brasil país de tolos, governado por incompetentes.