As ações preferenciais da Embratel foram as únicas do setor de telecomunicações a registrar alta na maior parte do pregão desta quarta, 4, impulsionadas ainda pelas articulações para a venda da companhia. Vale destacar, desde já, que o entusiasmo do mercado não corresponde à posição das novas autoridades sobre o negócio, segundo TELETIME News ouviu de fonte bem situada. ?Ao contrário, as pessoas do PT envolvidas com o setor de telecomunicações não se sensibilizaram com a venda da operadora?, garantiu a fonte, referindo-se à proposta de aquisição feita por Brasil Telecom, Telemar, Telefônica junto com o fundo Bassini, Playfair & Wright.
Um detalhe importante: o provável futuro ministro das comunicações, Jorge Bittar, estaria convencido de que a Embratel ainda tem condições de enfrentar seus problemas sozinha. Visão que, aliás, apenas se reforçou com encontro dele, de Luiz Gushiken e do deputado Walter Pinheiro com a diretora da Embratel, Purificación Carpinteyro. A Anatel deve dar ao PT posição semelhante em encontros que acontecem esta semana e na próxima.
A questão, do ponto de vista dos investidores, é saber se justifica-se mais uma alta de 2% nas ON e 1,48% nas PN na Bolsa de Valores de São Paulo. São mais de 54% em apenas 30 dias, sendo que quase 20% nos últimos três pregões.
Mas há também quem acredite que a alta atual é resultado de um posicionamento defensivo de grandes investidores para impedir que as ADRs da empresa deixem de ser negociadas nos Estados Unidos, o que tiraria parte importante da sua liquidez. De fato, ao serem cotados abaixo do patamar de US$ 1,00, esses papéis correm o risco de exclusão da Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE). Nesta quarta, às 5 horas (hora de Brasília), as ADRs estavam sendo negociadas a US$ 0,94, com alta de 1,08%.
