Nesta segunda, dia 4 de novembro, Artur Coimbra participou de sua última reunião como conselheiro da Anatel. Com o fim de seu mandato, assume como substituto o superintendente de outorgas e recursos à prestação, Vinícius Caram, que pela primeira vez desempenhará esse papel no conselho diretor.
Artur Coimbra destacou de sua passagem pelo conselho da Anatel o elevado grau de consenso alcançado nos quase 300 processos que relatou. Segundo ele, em apenas quatro matérias houve dissenso com algum de seus pares, nos quais sua posição prevaleceu em dois e em outros dois prevaleceram outras posições.
Coimbra destacou ainda sua atuação nos processos de migração das concessões para o regime de autorização, as medidas de combate a chamadas abusivas em telemarketing e o combate à pirataria. "Algumas foram matérias herdadas por meu gabinete, como pirataria e consumidores, mas que tenho muito orgulho de ter dado sequência", disse.
Artur Coimbra tem uma trajetória que se confunde com todos os acontecimentos mais importantes do setor de telecomunicações nos últimos 13 anos, pelo menos, desde que foi para o Ministério das Comunicações atuar como diretor. Ao longo dos anos, Coimbra esteve envolvido com projetos emblemáticos, desde a avaliação feita pela OCDE sobre o arcabouço regulatório e normativo brasileiro, os debates sobre o novo modelo em 2016, a preparação para o leilão de 5G e, já na Anatel, o final das concessões de STFC, entre outras dezenas de pautas que passaram pela mão de Coimbra.
Como já antecipou TELETIME, Coimbra sai em quarentena e muito provavelmente se dedicará ao setor privado, pelo menos por um tempo.
Nesta entrevista concedida ao canal da TELETIME no Youtube, há cerca de um mês, ele faz um balanço de sua experiência como servidor público e reflete sobre os principais desafios da agência e dos formuladores políticos daqui para frente.
