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TIM: OpenRAN e padrão standalone resolvem o 5G sem Huawei

CEO da TIM, Pietro Labriola

A TIM não tem expectativa de que qualquer decisão que o governo brasileiro tome a respeito da presença da Huawei nas redes 5G vá afetar as atuais redes de celular. Segundo o presidente da operadora, Pietro Labriola, não se vê nenhum tipo de banimento à fornecedora chinesa que seja retroativo em outros países, afetando redes como 2G, 3G e 4G. Por conta disso, considera que o cenário ideal é a conjunção de dois fatores: OpenRAN e padrão 5G standalone.

“Não vemos ameaça nisso. No mundo, ninguém pediu retroatividade porque ninguém quer o risco de mudar o que já colocou”, declara Labriola em teleconferência de resultados do terceiro trimestre nesta quarta-feira, 4. Ele argumenta também que isso implicaria em custos adicionais para as operadoras, e que esse impacto acabaria sendo repassado para o consumidor final. 

“Acho que a melhor forma é ir para o standalone e OpenRAN para reduzir a discussão. Estamos sendo os primeiros a nos mover nessa direção e estamos acelerando isso, vemos como oportunidade para o País.” A TIM conta com parceria com o Telecom Infra Project (TIP) e Inatel para um projeto de padrão de redes abertas, o Open Field Program. Segundo Labriola, esses testes são inicialmente com redes 3G e 4G.

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Para o vice-presidente de assuntos regulatório da TIM, Mario Girasole, é importante ter em mente que a combinação das duas tecnologias – OpenRAN e standalone – é o que permitirá “apenas organizar o futuro, e não reorganizar o passado“. Além disso, ele destaca que nenhuma decisão foi tomada ainda pelo governo brasileiro. “Estamos em contato com todos os reguladores para ter a melhor solução, que deveria ser a industrial, para o Brasil.”

Porque OpenRAN e standalone

O OpenRAN é um padrão aberto de redes de acesso que, teoricamente, permite que mais fornecedores menores possam desenvolver soluções baseadas em código aberto. Isso afeta a Huawei (e a maior parte do portfólio de fornecedoras tradicionais como Ericsson e Nokia), que é uma fornecedora tradicional e advoga por ecossistemas Single RAN, que por natureza são mais fechados. Por isso mesmo, é uma tecnologia que tem sido promovida pelo governo dos Estados Unidos como forma alternativa de combater a Huawei, ainda que não exista larga escala no OpenRAN até o momento. 

Por sua vez, o padrão standalone (independente) no 5G é o que justamente garante que não haja necessidade de infraestrutura existente, que já estaria instalada com soluções inclusive da própria Huawei. Sem a necessidade de se utilizar um core de rede 4G, como é o que acontece no padrão non-standalone (NSA), o tráfego não passa por equipamentos da fornecedora chinesa. Vale notar, contudo, que se não houver algum tipo de aplicação de voz sobre IP, como no VoLTE, a chamada telefônica convencional acaba “caindo” para as redes 3G ou mesmo 2G.

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