Telecom Italia avança na receita doméstica no trimestre

A Telecom Italia mostrou recuperação nas receitas no terceiro trimestre, embora ainda esteja sofrendo queda no acumulado dos nove meses do ano, de acordo com balanço financeiro da empresa divulgado nesta sexta, 4. A receita avançou 1,4% no terceiro trimestre, totalizando 4,843 bilhões de euros. No acumulado de nove meses, entretanto, houve queda de 6,3%, total de 13,939 bilhões de euros. Nesse período, a operação doméstica, correspondente a 79,2% do total, observou uma queda de 0,8% e registrou 11,036 bilhões de euros. O Brasil, que representa 21% das receitas do grupo, totalizou 2,992 bilhões de euros, queda de 21%.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) foi de 2,152 bilhões de euros, avanço de 8,5%. A margem EBTIDA aumentou 2,9 pontos percentuais (p.p.) e ficou em 44,4%. No período de janeiro a setembro, o EBTIDA reportado cresceu 4,6% e ficou em 5,878 bilhões de euros. O Brasil corresponde a 15,3% desse total no acumulado, somando 900 milhões de euros (queda de 18,8%).

O lucro operacional do grupo italiano foi de 1,081 bilhão de euros, 6,2% acima do ano passado. O lucro líquido da empresa cresceu 2% e ficou em 505 milhões de euros.

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A Telecom Italia investiu 3,107 bilhões de euros de janeiro a setembro, ou 126 milhões de euros a menos. O Brasil representou 22,8% desse total, ficando com 709 milhões de euros, contra 930 milhões de euros no mesmo período de 2015. A companhia afirma que isso inclui um efeito negativo de 103 milhões de euros por conta da desvalorização do real e que o Capex focou na evolução de infraestrutura de negócios e venda de plataformas de apoio.

A dívida líquida ajustada em 30 de setembro foi de 26,735 bilhões de euros, ou 543 milhões de euros a menos que no final de 2015. Mais uma vez, o câmbio brasileiro afetou negativamente o total, ainda de acordo com a empresa.

Previsão nublada

Para o restante de 2016, a companhia espera uma melhora progressiva no desempenho operacional doméstico, apoiando a redução da dívida. A companhia focará na adoção de 4G na Itália, aumentando a penetração de smartphone e nas ofertas de bundle com conteúdo digital convergente (vídeo, música, jogos e publicações).

No Brasil, contudo, "há ainda incerteza no contexto macroeconômico, político e de mercado". Afirma que a TIM pretende defender e aumentar seu market share em receitas e melhorar sua lucratividade (margem EBTIDA) com o plano de investimentos, destacando a cobertura LTE no País. A operação deverá ainda continuar a focar em eficiência e cortes de custos para manter o plano com sustentabilidade financeira.

De acordo com a Telecom Italia, o mercado brasileiro mostra uma tendência de forte crescimento no consumo de dados, "ainda maior do que o registrado em outros grandes países". Cita com isso a redução do tráfego de voz e mensagem por conta da competição com as over-the-tops. Mas, acima de tudo, o grupo italiano expressa preocupação com o cenário macroeconômico e do setor, citando a recuperação judicial da Oi, "que ainda tem repercussões incertas na competição e no impacto no mercado".

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