A Telefônica/Vivo divulgou na noite desta quarta, 4, seu balanço financeiro e operacional referente ao terceiro trimestre de 2015. A receita operacional líquida da operadora apresentou crescimento de 5,2% no terceiro trimestre na comparação com o mesmo período de 2014, totalizando R$ 10,58 bilhões. No acumulado anual o aumento foi de 5,2%, para R$ 31,37 bilhões. As receitas móveis (R$ 5,86 bilhões) tiveram crescimento na comparação trimestral (4,5%) e no acumulado anual (6,2%, para R$ 17,58 bilhões). Já a receita operacional líquida de serviços fixos (R4 4,3 bilhões) cresceu 3,9% no terceiro trimestre em comparação com o mesmo período de 2014 e 2,5% na comparação do acumulado anual (para R$ 12,6 bilhões).
O EBITDA da companhia subiu 3,5% na comparação entre trimestres, para R$ 3,18 bilhões, e os R$ 9,17 bilhões acumulados nos nove primeiros meses do ano representam um aumento de 3% em relação a 2014. Mesmo assim, o lucro líquido da companhia teve queda de 16% no trimestre na comparação com 2014, para R$ 886,2 milhões de lucro, e queda anual de 43% nos três primeiros trimestres, para R$ 2,3 bilhões acumulados. Os investimentos aumentaram 5,4% no ano até aqui, para R$ 5,9 bilhões acumulados. A dívida líquida da operadora está em R$ 3,66 bilhões.
Do ponto de vista do mix de serviços, a Telefônica/Vivo viveu uma expansão significativa na base dos serviços de banda larga fixa, TV por assinatura e também no segmento pós-pago, e curiosamente não está perdendo receita com a morte do serviço SMS, como outras operadoras.
Acessos móveis
Os acessos móveis cresceram 12% no trimestre em comparação com o mesmo período de 2014, para 30,4 milhões de clientes, enquanto o volume de clientes pré-pagos caiu 7,7% no mesmo período, para 49 milhões de acessos. A receita média do pós-pago está em R$ 49,6 ao mês, o que significa uma redução de 1,2% em relação ao que se registrava no terceiro trimestre de 2014. Já a receita média do pré-pago é de R$ 11,8 por mês, queda anual de 4,7%. A receita com dados subiu nada menos do que 54% no terceiro trimestre na comparação com 2014, chegando a R$ 1,96 bilhão. E mesmo o tráfego de mensagens SMS gerou receitas de R$ 455 milhões, o que ainda é uma alta de 7,3% em relação ao mesmo período de 2014. Mas a Vivo, a exemplo da TIM, está perdendo receitas e tráfego com voz. A queda de faturamento com o serviço de voz móvel foi de 12,6% no terceiro trimestre na comparação com 2014, para um total de R$ 2,49 bilhões, o que se soma a uma queda de 28,7% nas receitas com interconexão no período. Hoje as receitas de Internet e SVA da Vivo já totalizam 49% das receitas móveis da operadora.
Acessos fixos
O único serviço que perdeu base no trimestre foi telefonia fixa (menos 0,8%, para 10,474 milhões de linhas).. Já a banda larga fixa cresceu 5,5% no trimestre na comparação com o mesmo período de 2014, para 7,17 milhões de acessos, 3,8 milhões dos quais em FTTx. O serviço de TV por assinatura cresceu 18,6% na comparação entre trimestres, para 1,83 milhão de clientes. A receita média de voz caiu 4,5% na comparação anual, para R$ 44,6 mês; a receita média com dados se manteve quase estável (menos 0,4%) e é de R$ 37,4 ao mês; e a receita média com TV paga é de R$ 80,7 ao mês (alta anual de 2,2%).