TIM usará small cells de 2 W a 3 W de potência nos postos Ipiranga

A parceria entre a TIM e a rede de postos de combustíveis Ipiranga não deverá contar com femtocells, mas com small cells com potência um pouco maior do que 1W, o que significa que elas não terão o benefício de desoneração e que será necessário obter licenciamento semelhante ao de macrocélulas, que costuma levar mais tempo. "No caso dos postos, vai ter todo o processo de licenciamento (de uma macro), serão small cells de 2W a 3W e será licenciamento como faz com qualquer outro site", declarou o presidente da operadora, Rodrigo Abreu.

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Ele garante que o projeto compensa, mesmo com a necessidade de pagar taxas mais altas de fiscalização (Fistel). A justificativa é que a aplicação será em áreas com maior concentração de pessoas. "Se tem que atender a uma determinada cobertura de tráfego em uma área onde é impossível colocar uma macrocélula, sim, faz sentido", diz. "Obviamente só vai fazer sentido em larga escala no momento em que de fato se facilitar ainda mais o licenciamento e a taxa de fiscalização."

Abreu explica que essa parceria não é necessariamente uma implantação em larga escala. "Para mim, larga escala são milhares e milhares de small cells. Quando falo de 300, 500 e até mil, não é larga escala", diz ele, dando a entender que essa deve ser a quantidade de postos que receberão a cobertura extra com os equipamentos, ao menos inicialmente. "A gente está começando com um volume bastante significativo, mas ele pode crescer muito com a evolução da regulamentação."

O presidente da TIM afirma estar em conversas com o governo para pleitear uma extensão do benefício já dado às femtocells, que são classificadas como equipamento de radiação restrita e, por isso, recebem desoneração do Fistel e não precisam de licenciamento, ou ao menos uma adaptação nas regras atuais para que as small cells não sejam tratadas como macro. Segundo ele, o projeto de Lei das Antenas está "evoluindo" e há outros projetos que contemplam a flexibilização das regras para as antenas de 2W a 5W.

Vale lembrar que o Ministério das Comunicações já trabalha numa proposta para reduzir o Fistel das small cells com potência acima de 1W até 5W. O secretário de Telecomunicações do Minicom, Maximiliano Martinhão, revelou a iniciativa em meados de outubro, durante a Futurecom, explicando a ideia é baseada na proposta apresentada pelo deputado Newton Lima (PT-SP) de cobrança escalonada de acordo com a potência e área de cobertura de cada small cell em relação a macrocells.

Anunciada em outubro, a parceria da TIM com a rede Ipiranga para instalar as small cells deverá ter os mesmos fornecedores que já foram contratadas para a implantação do projeto de rede heterogênea (HetNet) da operadora, como Alcatel-Lucent e Huawei. Segundo Rodrigo Abreu, o contrato está "praticamente fechado" e as implantações das small cells já estão começando.

Consolidação

Como não poderia deixar de ser, Abreu reiterou mais uma vez a posição da TIM e de sua controladora, a Telecom Italia, em relação aos rumores de consolidação no mercado brasileiro, que voltaram a tomar força na semana passada com um suposto consórcio entre Claro, Oi e Vivo para fazer uma oferta pela TIM. "A gente já deu essa declaração um milhão de vezes: não existe absolutamente nenhum tipo de discussão, a intenção da Telecom Italia com o Brasil é muito clara, nosso plano é muito claro, de seguir a frente, aumentando investimento e presença", esbravejou.

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