A TIM apresentou nesta terça, dia 4, os resultados financeiros e operacionais referentes ao terceiro trimestre do ano de 2014. A TIM registrou, no período, uma redução na receita líquida em relação ao terceiro trimestre de 2013, em função da queda no valor da VU-M. Em setembro, a receita trimestral registrada pela TIM foi de R$ 4,045 bilhões, contra R$ 4,2 bilhões no mesmo período de 2013. Mas se o fator VU-M não fosse considerado, a receita teria ficado igual. O EBITDA, por outro lado, teve um leve crescimento, de R$ 1,25 bilhão para R$ 1,33 bilhão, valor que teria sido de R$ 1,44 bilhão se não fosse a queda na VU-M. A margem da TIM melhorou, e passou de 24,6% para 27,4% (ou 30,5% para 34,1%, se considerada apenas a prestação de serviços).
Lucro
O lucro líquido da operadora do começo do ano até setembro foi de R$ 1,08 bilhão, contra R$ 1 bilhão no mesmo período de 2013. A dívida líquida caiu de R$ 1,44 bilhão para cerca de R$ 791 milhões.
Do ponto de vista operacional, a operadora passou de 24 milhões para 32 milhões de usuários de dados na comparação entre os terceiros trimestres de 2013 para 2014. O serviço de serviços de valor adicionado, que incluem dados e SMS, passaram de 22,5% para 28,% das receitas (R$ 1,67 bilhão no trimestre). Hoje, os usuários de dados representam 43% da base da TIM.
Houve também uma queda na receita com a utilização dos serviços dentro do mix de receitas, de 47,6% para 46,8%, uma queda de 5,1% em valores absolutos. Aliás, o único crescimento relevante de receitas foi justamente no segmento de dados. Todos os outros tiveram queda. Com isso, a receita média por usuário da TIM caiu 6,3% ao ano, para R$ 17,40. Também houve uma queda nos minutos de uso em relação a 2013. No terceiro trimestre, o MOU foi de 136 minutos, 9,5% a menos do que em 2013. Isso se explica, segundo a TIM, por uma queda no uso em longa distância.
Com resultados negativos do ponto de vista operacional, a TIM cortou custos, o que garantiu o resultado. O corte em despesas operacionais foi de 8,1%.
Fim do SMS
Um aspecto que chama a atenção no balanço da TIM, e que começa a ter impacto nos resultados, é a rápida deterioração do mercado de SMS. A operadora já havia registrado uma queda de 8% nas receitas com SMS no segundo trimestre, e no terceiro trimestre essa queda foi de 19% na comparação com o ano anterior. Esse movimento é inversamente proporcional à expansão da base de smartphones (que representam 44% da base e 77% das vendas) e contratação de planos de dados. Com isso, serviços de mensagem OTT passam a ocupar o espaço do SMS, o que gera perda de receitas nesse segmento, compensada pelas receitas com banda larga.