Rio pode abrir exceção para ERBs em miniatura nas fachadas

A nova legislação municipal do Rio de Janeiro para a instalação de estações radiobase (ERBs) publicada na semana passada proíbe antenas em fachadas e marquises com o objetivo de limpar a paisagem urbana da cidade. O problema é que novas tecnologias de ERBs em miniatura, como a "LightRadio", demonstrada pela Alcatel-Lucent no começo deste ano, foram planejadas justamente para a instalação em fachadas, para substituir as torres que enfeiam as cidades. Em entrevista a MOBILE TIME, o secretário municipal de conservação e serviços públicos do Rio de Janeiro, Carlos Roberto Osório, admitiu a possibilidade de rever esse veto caso as operadoras apresentem uma tecnologia que seja viável e não agrida a paisagem carioca. "Nossa maior preocupação é com a proteção da paisagem do Rio. Ninguém é contra falar no celular, mas essas empresas precisam respeitar as cidades onde operam", disse Osório.

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A princípio, esse é o único ponto que o secretário admitiu rever dentro da nova legislação municipal. Segundo Osório, a elaboração das novas regras foi precedida por longo estudo da legislação nacional e internacional, com apoio de três secretarias municipais, da procuradoria municipal e do Ministério Público do Rio de Janeiro. Osório entende que agora a capital fluminense ostenta a mais moderna legislação para instalação de ERBs do País. E aposta que o Rio vai inspirar outras cidades brasileiras. O secretário lembrou que na Europa a legislação é ainda mais rígida que a carioca. "A Suíça, por exemplo, restringe quase tudo. Não seguimos o mesmo caminho porque não seria exequível aqui", comparou.

Por fim, o secretário comentou: "Precisávamos enfrentar isso de frente. O Rio não será mais um depositório de trambolhos de quinta categoria. Temos hoje algumas aberrações na cidade, como postes que mais parecem árvores de Natal. Uma vergonha". Hoje há cerca de 400 ERBs em vias públicas no Rio de Janeiro. O secretário não soube precisar a quantidade de antenas em prédios.

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