Empresa de infraestrutura criada pela Oi e cujo controle foi vendido por R$ 12,9 bilhões, a V.tal teve pedido de aprovação do negócio no Cade protocolado pela operadora, a Globenet (empresa do BTG Pactual) e a Warrington Investment Pte. (associada do Fundo Soberano de Cingapura, ou GIC).
A solicitação foi enviada ao órgão antitruste em 16 de setembro e defende a aprovação sumária do negócio. No último dia 30, esclarecimentos adicionais requisitados pelo Cade sobre cláusulas de não-concorrência entre a V.tal e a Oi foram enviados pelas interessadas.
Um outro ponto questionado pelo tribunal trata do risco de troca de informações ou de coordenação entre a nova empresa, a Oi e a Algar Telecom. As requerentes pediram mais tempo para a resposta, "ante a necessidade de obter informações com empresas estrangeiras".
A presença de um sócio em comum é justificativa para o pedido. Como apontado pelo portal Brazil Journal em setembro, o GIC foi responsável por R$ 2,2 bilhões do montante levantado pelo BTG para compra da fatia da V.tal.
Um outro braço ligado ao GIC detém fatia de 25% da Algar Telecom desde 2018. Para tal, o fundo de Cingapura se vale da associada Archy LLC.
Operação
Na notificação de ato de concentração enviada ao Cade, a operação envolvendo Oi, Globenet e GIC é descrita como pró-competitiva, "na medida em que desverticaliza a infraestrutura de rede para telecomunicações por fibra terrestre que é detida atualmente pela Oi".
Neste sentido, as empresas alegaram que o mercado de infraestrutura terrestre não substitui pela oferta ou pela demanda o de infraestrutura submarina (onde a Globenet atua), o que afastaria riscos de sobreposição vertical com o negócio. A venda dos data centers da Oi para a Piemont Holding também foi considerada.
No documento, a operadora, a Globenet e a Warrington (que representa o GIC) solicitam a aprovação integral da operação. O contrato de venda do controle da V.tal foi assinado na última semana e envolve a incorporação da Globenet pela V.tal
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