O presidente da Vivo, Roberto Lima, criticou as regras apresentadas pela Anatel para o leilão das faixas de terceira geração. Uma das principais novidades é que as empresas que arrematarem faixas na região metropolitana de São Paulo e no interior do Estado deverão cobrir também áreas do Norte e do Nordeste, respectivamente. Essa obrigação foi classificada por Roberto Lima, como um ?ranço autoritário?. ?Infelizmente a regulação vem sempre com um rançozinho um pouco autoritário?.
Para ele, a Anatel poderia ter adotado outro tipo de medida para garantir a cobertura da telefonia celular em áreas não atrativas comercialmente, como a redução da carga tributária. ?Ou fazer o que o governador Aécio Neves fez (em referência ao projeto Minas Comunica). Criar um sistema de estímulo financeiro através da emissão de debêntures que baixa o custo de capital para o investimento?.
Com relação à cobertura das cidades com menos de 30 mil habitantes, Lima destaca que independentemente de ser em 2G ou 3G há o custo das obras civis para a instalação das antenas, o aluguel dos sites entre outros. Para ele, o investimento na rede em segunda geração, possibilidade garantida pela Anatel, não alivia muito para as operadoras. ?Não há uma expectativa de tráfego a curto prazo que pague aquele investimento em um setor que já está extremamente onerado, com margens Ebitda muito mais baixas que no resto do mundo?. O executivo comemora a possibilidade de compartilhar a rede nessas áreas, tese que ele vem defendendo há vários meses, mas afirma que isso poderia ter sido estendido também às demais regiões.
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