A produção da indústria eletrônica cresceu 15,7% no primeiro semestre de 2021, de acordo com dados do IBGE agregados pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).
O resultado compôs um salto de 20,2% para o segmento eletroeletrônico como um todo, haja visto que a indústria elétrica teve recuperação mais acelerada – de 24,2% no semestre.
Os números foram beneficiados pela base fraca de comparação, uma vez que a atividade do setor no primeiro semestre do ano passado sofreu forte impacto do início da pandemia de covid-19. Na comparação com o primeiro semestre de 2019, a produção acumulada do setor eletroeletrônico cresceu 2,5%.
Riscos
Apesar de apontar uma recuperação do setor, a Abinee lembra que a indústria eletroeletrônica ainda vem enfrentando dificuldades com a falta de matérias-primas e componentes (principalmente semicondutores), com a consequente alta de preços dos itens.
Além disso, as empresas mantêm no radar a possibilidade de uma crise hídrica que pode ameaçar o fornecimento de energia no Brasil, podendo afetar a atividade econômica, afirmou a entidade, em comunicado.
Mesmo assim, e ainda sem considerar possibilidade de piora na pandemia com a nova variante delta do coronavírus, o último índice de confiança do empresário eletroeletrônico (medido pela Abinee em julho) apontou cenário de otimismo, crescendo pelo terceiro mês consecutivo e atingindo 63 pontos, no maior patamar do ano.
No mês de junho, a produção da indústria elétrica e eletrônica cresceu 10,4% ante junho de 2020. Na comparação com igual mês de 2019, foi registrado incremento de 6,1%. Já em relação ao mês de maio, a produção de junho recuou 0,4%, com ajuste sazonal.
Em termos de emprego, junho encerrou sendo o sexto mês consecutivo de alta. No acumulado, houve incremento de 14,5 mil postos de trabalho nas cadeias eletrônica e elétrica neste primeiro semestre.