Na verdade, o governo mostra-se preocupado com a evolução de todo o movimento sindical entre os meses de setembro e novembro, quando grandes categorias profissionais estarão em processo de negociação salarial. A elevação de tarifas de serviços públicos (que deteriorou salários), o mau desempenho político do governo e o recente sucesso do movimento dos caminhoneiros são os principais motivadores de possíveis greves entre telefônicos, metalúrgicos, bancários, químicos, petroleiros, aeroviários e aeronautas. Um detalhe importante: as duas grandes centrais sindicais do Brasil, CUT e Força Sindical, estão atuando mais unidas do que habitualmente desde o início da greve dos operários da Ford em São Paulo.