Mudança para o 5G demanda preparação das operadoras, diz F5

Irineu Costato durante painel no TeletimeTec. Foto: Marcelo Kahn

A mudança de arquitetura 4G para a da tecnologia 5G, nativa na nuvem, uma vez que utiliza o core de rede standalone, necessita de atualização de operadoras, que ainda lidam com protocolos legados de telecomunicações, como foco de assegurar segurança das futuras redes. A avaliação foi apresentada pelo engenheiro especialista em soluções da fornecedora F5, Irineu Costato, durante o TeletimeTec, evento organizado por TELETIME nesta segunda-feira, 4, em São Paulo. 

Para o engenheiro, a segurança precisa ser implantada já no desenvolvimento, no ambiente distribuído e baseado em API. "As operadoras usam cloud no core, mas a cloud não está preparada. São protocolos completamente diferentes. As operadoras não estão prontas", diz.

Segundo Costato, operadoras de vários países identificaram haver problemas com a solução 5G em ambiente de contêiner. "Elas começaram a perceber que o ambiente não está preparado para isso". Desta forma, a empresa desenvolveu soluções virtualizadas, que podem ficar em diversas regiões, incluindo a ponta da rede (far edge). "A proposta da F5 é criar uma camada de abstração (com foco em segurança), é o caminho. E vamos ter custos mais baixos na hora de administrar a rede", colocou.

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A solução trazida pela empresa promete uma economia que pode chegar a 65% no custo operacional total por meio da consolidação e eficiência de código e, com isso, combate aos problemas de fraude. Esse foi o resultado obtido pela operadora Rakuten no Japão, pelo menos, mas pode justificar maior motivação para as teles investirem na questão.

Para tanto, a companhia sugere APIs para não apenas descomplicar o ambiente de microsserviços atual, mas também permitir a automatização e orquestração da rede 5G, incluindo novos protocolos, e assim reduzir o tempo que leva para um produto da operadora chegar ao mercado (time-to-market). "Pela complexidade de operação, o lançamento de novas soluções é um processo custoso e dolorido", afirma Costato. A promessa é de encurtar esse prazo de meses para questão de "semanas ou até em dias".

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