Core eficiente pode gerar economia em rede de acesso LTE, diz Cisco

Soluções fim a fim para redes de quarta geração (4G) no padrão LTE podem ser mais baratas no curto prazo. Contudo, a adoção de um core mais eficiente tende a produzir uma economia no investimento em equipamentos de acesso em médio a longo prazo. Este é o argumento da Cisco nas propostas que pretende encaminhar às operadoras móveis brasileiras em seus processos de escolha de fornecedores de redes 4G. A empresa vai disputar espaço em todas as teles e torce para que elas separem as compras entre core e rede de acesso. Calcula-se que o core represente aproximadamente 10% do Capex em redes móveis.

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"As redes celulares sempre foram desenhadas tendo o serviço de voz em mente. O LTE, entretanto, é uma rede de dados que suporta voz. Nesse contexto, a especialização é importante. O ideal é ter o melhor rádio e o melhor core", argumenta o diretor da Cisco para o mercado de operadoras, Rodrigo Dienstmann. "A tendência é que no futuro haja um core único para todas as formas de acesso", prevê.

Segundo o executivo, um core inteligente é aquele sensível ao perfil do assinante, ao aparelho que ele está utilizando e ao conteúdo que está consumindo, sendo capaz de gerenciar o tráfego de maneira mais otimizada. Por exemplo: um vídeo de alta definição deve ser tratado e reduzido se a transmissão for para um aparelho que não é capaz de reproduzir em HD. O core também pode contribuir para a redução do tráfego de sinalização, que gera cada vez mais congestionamento em razão da multiplicação de aplicativos que rodam no background de smartphones e tablets. Outro exemplo de eficiência é um core que seja capaz de transferir um usuário de uma rede móvel para uma rede Wi-Fi e vice-versa de acordo com a disponibilidade delas em um determinado local, cita Dienstmann.

Na disputa pelos contratos de LTE das teles brasileiras, a Cisco enfrentará fabricantes de redes de acesso que oferecem soluções fim a fim, além da Juniper, que concorre diretamente na oferta pelo core. Parcerias também são bem-vindas pela empresa: haverá pelo menos um fabricante tradicional de rede de acesso que incluirá em suas propostas equipamentos da Cisco para o core, mas seu nome ainda não pode ser divulgado.

Entre as redes 3G brasileiras, a Claro utiliza core fornecido pela Cisco. No exterior, Portugal Telecom, Vodafone e Verizon estão entre os clientes.

RFPs

Conforme pubicado na última terça-feira, 3, por Mobile Time, as operadoras brasileiras já começaram a solicitar propostas aos fornecedores. A primeira a lançar uma RFP (request for proposal) foi a Claro. As demais devem fazê-lo nos próximos dias. A expectativa é de que os fornecedores sejam escolhidos dentro de algumas semanas, para que as redes possam começar a ser instaladas a partir do fim de setembro, a tempo de atender às metas de cobertura da Anatel.

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