[Do Mobile Time] A Globo tem uma rede de distribuição de conteúdo (CDN, na sigla em inglês) composta por mais de 300 pontos de presença (PoPs) por todo o País e que agora começa a ser disponibilizada para terceiros. Seu primeiro grande cliente estratégico é a plataforma Sky+: desde janeiro deste ano, o conteúdo de seus 86 canais está trafegando pela CDN da Globo.
A comercialização acontece por meio da Globo Technologies, braço de produtos de tecnologia da emissora. Testes de uso da CDN por terceiros vinham acontecendo desde o final de 2023, relata Leandro Ginane, gerente de desenvolvimento de negócios da Globo Technologies, em entrevista para Mobile Time (parceiro de conteúdo do TELETIME). A oferta foi sendo amadurecida até culminar com a assinatura do contrato com a Sky este ano.
O uso de CDN diminui a latência e melhora a qualidade na entrega de conteúdos online, o que é especialmente útil para streaming de vídeo. A CDN da Globo conta com algumas vantagens particulares, como a sua capilaridade, alcançando áreas remotas do País. Os PoPs foram instalados em afiliadas da emissora e também em provedores de Internet (ISPs) regionais, estando presente em todos os estados brasileiros. Sua arquitetura é distribuída em múltiplos níveis (multi-tier).
"A CDN Globo é a maior do Brasil e atende até mesmo lugares afastados dos centros urbanos ou de difícil acesso, oferecendo capilaridade com um nível de excelência em todo território nacional, além de uma rede com alto nível de segurança e confiabilidade", afirma Ginane.
O executivo destaca ainda entre as vantagens da solução da Globo o suporte em português 24/7; a flexibilidade para adaptar a oferta; e a evolução contínua, liderada pelas próprias necessidades de Globo em melhorar a distribuição de seus conteúdos.
Análise
Vale lembrar que a contratação de CDNs no Brasil é um ponto que pode vir a entrar na nova regulação de deveres dos usuários, em gestação na Anatel, conforme explicado pelo presidente da agência, Carlos Baigorri, em conversa com Mobile Time na semana passada, durante o M360 Latam, no México.
A ideia é incluir as CDNs como um exemplo de boa prática por parte das plataformas com grande consumo de tráfego de dados. O novo regulamento permitirá que as teles reduzam a velocidade ou até bloqueiem serviços que façam um uso desproporcional da rede e que não adotem boas práticas como a contratação de CDNs.