TIC Saúde mostra crescimento de consultas pela Internet em 2023

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A pesquisa TIC Saúde, publicada nesta terça-feira, 4, pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) mostra a oferta de serviços online aos pacientes cresceu em 2023. Os dados do estudo apontam que entre 2022 e 2023, o agendamento de consultas pela Internet subiu de 13% para 34%

No mesmo intervalo, a marcação de exames aumentou de 11% para 19% e a visualização de prontuário de 8% para 18%. Já no sistema privado, a visualização online de resultados de exames apresentou elevação significativa, de 33% em 2022 para 40% em 2023.

Segundo Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br, do NIC.br, ao longo dos 10 anos do estudo, nota-se uma maior informatização dos estabelecimentos de saúde, relacionada, sobretudo, à infraestrutura e a sistemas eletrônicos, principalmente durante a pandemia da COVID-19.

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Exemplo disso está nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Segundo a pesquisa, nestes locais, os serviços mais oferecidos via Internet em 2023 foram a visualização de resultados de exames e de agendamento de consultas, em 27% das unidades, e a verificação de prontuário eletrônico, em 21%.

Apesar da crescente demanda por informações e serviços de saúde no ambiente digital, hoje 49% dos estabelecimentos na área de saúde contam com website e 53% com redes sociais, conforme o levantamento do Cetic.br.

Uso de IA e outras tecnologias

No quesito uso de novas tecnologias, a pesquisa TIC Saúde incluiu indicadores que trazem informações mais detalhadas sobre a aplicação de inteligência artificial (IA). Em 2023, cerca de 3.200 estabelecimentos de saúde se valeram desse recurso, a grande maioria da rede privada, aproximadamente 2.800.

A pesquisa mostra que entre as ferramentas mais utilizadas por aqueles que adotaram IA, estão as voltadas para a automatização de processos de fluxos de trabalho, em 46% dos estabelecimentos. Em segundo está o uso de reconhecimento de fala, em 33%, e em terceiro está a mineração de texto e análise de linguagem escrita ou falada em 32%.

O reconhecimento e o processamento de imagens, bem como a aprendizagem de máquina para predição e análise de dados, foram aplicados por 21% e 16%, respectivamente.

No caso das unidades de saúde que não recorreram a soluções baseadas em inteligência artificial, 63% dos gestores não consideraram a tecnologia como uma prioridade. Em 52%, a não utilização se deu por conta de incompatibilidade com equipamentos, software ou sistemas existentes no estabelecimento de saúde; em 50%, o motivo de não usar a tecnologia foram os custos muito elevados e em 49% a falta de necessidade ou interesse.

Em relação à análise de big data, ela tem sido mais realizada pelos hospitais com internação e mais de 50 leitos, atingindo 22% em 2023. A principal fonte são os dados provenientes do próprio estabelecimento como de fichas cadastrais, formulários e prontuários, em 64% e de dispositivos inteligentes ou sensores, em 58%.

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