Além da estratégia para fixo e conteúdos over-the-top, a Oi também revelou nesta terça, 4, alguns detalhes de sua estratégia de refarming do 4,5G, sobretudo de olho no mercado pós-pago. De acordo com Bernardo Winik, diretor comercial da Oi, a população coberta pela rede móvel chegou a 17,7 milhões de pessoas em março deste ano e pretende dobrar até o final do ano, chegando a 35 milhões de pessoas cobertas pelo 4,5 G.
Por trás dessa estratégia, está a busca por levar melhores produtos ao cliente final e – em consequência – obter uma fatia maior no mercado pós-pago brasileiro, como explica Winik: "O nosso sucesso no pós-pago está ligado ao lançamento de um produto diferenciado, o Oi Mais Digital. O consumidor contrata uma franquia de Internet e pode transferi-la de um lado para outro. O nosso net adds (adições líquidas, em português) cresceu no 2º tri de 2018 e o refarming do 4,5 G atrai o consumidor. Hoje eu tenho 10% de consumidor – sou quarto colado –, portanto, vou buscar o fair share (25%)".
O diretor comercial disse ainda que a solução é Single RAN (suporta 3G, 4G e 4,5G) e estará preparada para o 5G – a companhia tem trocado os equipamentos individuais por esta solução multitecnologia. Os fornecedores escolhidos para essa rede são a Huawei e a Nokia.
Huawei x EUA
Assunto inevitável em coletivas de imprensa do setor nos últimos meses, Bernardo Winik endereçou pergunta sobre a questão da guerra fria tecnológica entre Estados Unidos e China com acusações (contestadas e ainda sem provas) contra a Huawei no centro. "No mercado brasileiro a Huawei também fornece equipamento para outras. A gente acompanha com preocupação, mas na arquitetura de rede, a gente não fica na mão de um único fornecedor em uma eventualidade", afirmou. "A gente trabalha com redundância de rede e de fornecedores também. Nunca deixamos uma camada de rede exclusiva só com um fornecedor", completa o diretor de marketing Roberto Guenzburger. (Colaborou Bruno do Amaral)