Zed, gigante de SVA, analisa entrada no mercado brasileiro

Pouca gente no Brasil já ouviu falar na espanhola Zed. Mas isso deve mudar em breve. A empresa é a líder mundial no segmento de serviços de valor adicionado (SVA) em termos de receita: registrou faturamento de US$ 545 milhões em 2007 e espera faturar pelo menos US$ 870 milhões este ano. Presente em mais de 50 países e 100 operadoras, o alvo da Zed agora é a América Latina. A companhia adquiriu há poucas semanas o controle da NetPeople, integradora presente em vários países da região, e estuda alternativas de entrar no mercado brasileiro. "Queremos ser líderes na América Latina e, para tanto, precisamos liderar também no Brasil", afirmou a este noticiário o diretor regional da Zed para os mercados ibérico, latino-americano e europeu ocidental, Iñaki Martin.
O executivo disse que a Zed está neste momento analisando oportunidades no País, mas não pôde adiantar detalhes. Se for mantida a estratégia adotada no resto do mundo, é provável que a Zed compre uma empresa brasileira. Nos últimos anos, a Zed vem expandindo sua atuação no mundo principalmente através de aquisições. A companhia se chamava originalmente LaNetro até que, em janeiro de 2005, adquiriu a finlandesa Zed por 30 milhões de euros e adotou seu nome. A Zed original já tinha forte atuação na Europa e na Ásia. Depois, em 2007, comprou por 34 milhões de libras esterlinas o controle da Monstermob, outra empresa de SVA de origem européia e que atuava em cerca de 30 países. A mais recente aquisição foi a da NetPeople, cujo valor ainda não foi divulgado.

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A Zed tem um enorme portfólio de ringtones, truetones, wallpapers, jogos e vídeos para celular. Cerca de 85% é desenvolvido pela própria companhia. Esse conteúdo é vendido tanto de maneira avulsa como por meio do modelo de assinatura, em que o usuário final compra créditos que podem ser trocados por conteúdos. Além disso, a Zed investiu na construção de uma comunidade de usuários. Ela tem uma rede social chamada Club Zed, que pode ser acessada tanto pela web quanto pelo celular. Os usuários são estimulados a gerar seus próprios conteúdos, que se misturam no portal da marca junto aos conteúdos criados pela empresa. Também é oferecido aos assinantes um serviço de mensagens instantâneas.
Além dos produtos para o consumidor final, a Zed atua no segmento corporativo, especialmente com soluções de mobile marketing e mobile advertising. "O foco inicial era o consumidor final, mas de três anos para cá houve um crescimento exponencial das receitas de serviços prestados a outras empresas. Acredito que ano que vem os serviços corporativos representarão entre 35% e 45% do faturamento da Zed", prevê Martin.

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