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PPPs estão na mira da estratégia de consolidação da TIM

Executivos da TIM no evento para analistas e imprensa. Foto: Divulgação

Na apresentação do plano industrial para o próximo triênio, durante o evento TIM Day nesta quarta-feira, 4, em São Paulo, a companhia informou que pretende continuar a focar no crescimento orgânico para o período. Ainda assim, a companhia afirmou que, em vez de se manter alheia ao mercado como nos últimos anos, há agora uma possibilidade de ela estudar a aquisição de ativos, especialmente de prestadoras de pequeno porte (PPPs ou ISPs, na sigla em inglês para provedores de Internet).

O CEO da TIM, Alberto Griseli, definiu como “oportunidade de M&A” (fusão e aquisição), olhando o avanço da participação de ISPs no mercado de fibra enquanto considera que a banda larga é um serviço que demanda investimentos intensivos para qualquer empresa. Com isso, há uma reavaliação no valor de cliente, que está diminuindo, segundo o executivo. “A movimentação é que facilita a consolidação do mercado. E está se aproximando [o momento], com custo de aquisição de cliente, que ainda está mais baixo”, declarou.

Griseli ressaltou, logo em seguida, que a estratégia agora é em capturar as sinergias com a aquisição de parte da Oi Móvel, com foco no curto prazo. “Do nosso ponto de vista, com atuação mais limitada em termos de footprint, com a sinergia pensamos em continuar a crescer com um bom volume e valor em troca”, declarou. O executivo diz que enxerga uma mudança no mercado das PPPs, com as menores se tornando médias e estas virando grandes. Além disso, citou peculiaridades de players regionais e dinâmica da rede neutra. “É um passo bastante articulado [considerando] com geografia, tamanho, rede e serviço. Para nós, que somos grandes, é um caminho. Mas tem que ter condições comerciais de forma oportuna.”

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CFO e diretora de relações com investidores da TIM, Camille Faria diz que não se trata de uma mudança radical na estratégia de crescimento, que continua sendo com foco orgânico. Mas um circunstância relacionada à situação econômica das PPPs, que enfrentam um cenário mais desafiador. “Não vamos bater na porta de ISP querendo comprar“, coloca. A diferença é que, no passado, se alguém estivesse disposto a vender, a operadora “nem perdia tempo olhando”. Agora é diferente. “Hoje, vale a pena a companhia sentar e fazer a conta se o valuation vale a pena“, diz.

Assim, a TIM vai “reagir a oportunidades do mercado”, inclusive a possibilidade de geração de valor por meio de uma base a ser adquirida que seja relevante para a tele, em um mercado no qual já conta com boa posição no mercado de celular, e que permita adotar a política do cross-sell. “A gente enxerga que é um passo para rentabilizar no mercado, coisa que não fazíamos no passado e que agora vamos prestar atenção”, diz. Mas ressalva: o foco na banda larga, no momento, continua sendo no crescimento orgânico.

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