TelComp não quer recursos do novo modelo aplicados em redes de acesso

Assim como a TIM, a contribuição da TelComp à consulta pública da Anatel sobre a adaptação das concessões de telefonia fixa (STFC) para o novo modelo focou sobretudo no aspecto concorrencial, pleiteando que a infraestrutura construída com os saldos seja compartilhada. Por sua vez, a entidade (que reúne provedores regionais, de atacado e corporativos) também defendeu que os recursos não sejam aplicados em redes de acesso móvel.

De acordo com a TelComp, como as redes móveis demandam conectividade por fibra ótica para interligação de estações radiobase (ERBs), possibilitando também a exploração do mercado de banda larga fixa (SMP) a partir do ativo, concessionárias que seguissem tal caminho após a migração poderiam "competir com inúmeros provedores de serviço de banda larga fixa e outras prestadoras do SMP, presentes em praticamente todos os municípios do País".

Para a entidade, o cenário criaria uma "vantagem competitiva substancial" para as as empresas que efetuassem a migração. "A Anatel não deveria aceitar investimentos em redes de acesso e sim privilegiar redes de transporte passíveis de utilização compartilhada por qualquer operadora, em especial nas áreas mais afastadas que não dispõem de rotas eficientes ou de redundâncias", reiterou.

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Tal compartilhamento, defende a associação, precisaria ocorrer em "condições efetivamente reguladas", uma vez que a experiência com o mercado de atacado criado pelo Plano Geral de Metas de Competição (PGMC) teria deixado claro, segundo a entidade, que ofertas públicas sem preços e condições pré-definidos ainda seriam um fator crítico para o setor.

Continuidade

Sobre a continuidade do serviço em áreas não atrativas, a TelComp defendeu a priorização de municípios 3 e 4 do PGMC, bem como localidades nos municípios categoria 1 e 2 onde o STFC (individual ou coletivo) seja a única opção de serviços de voz.

Por outro lado, a entidade destacou como importante a avaliação de projetos concretos nas áreas, com averiguações específicas em cada local, antes de tomada qualquer decisão, para constatar a existência ou não de prestadores de serviços alternativos. "Dada a dinâmica da expansão das operadoras competitivas e dos provedores de serviço de banda larga regional, é possível que existam novas redes ou projetos em desenvolvimento que não estejam nos registros da Anatel", alegou a TelComp.

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