O conselheiro da Anatel João Rezende acredita que a decisão quanto ao destino da faixa de 700 MHz será mais política do que técnica. "É um debate muito difícil, por conta da conjuntura dos radiodifusores no Brasil", disse Rezende, durante palestra durante reunião plenária da GSM Association (GSMA) realizada nesta quarta-feira, 4, no Rio de Janeiro. A entidade, que representa operadoras móveis e fabricantes de infraestrutura celular, apresentou um estudo que estima que os benefícios econômicos para o País serão maiores se o espectro de 700 MHz for destinado a serviços móveis do que a radiodifusão.
O conselheiro da Anatel se esquivou de comentar sobre as conclusões do documento divulgado pela GSMA, mas reconheceu que existe uma crescente demanda por espectro móvel no Brasil e no mundo. "Dentro de um ano ou um ano e meio teremos 404 MHz destinados a serviços móveis, somando aí as faixas de 2,5 GHz, 3,5 GHz e 450 MHz. Calcula-se que em 2016 a necessidade será de 800 MHz. Ou seja, ainda teremos um déficit de quase 400 MHz", comentou.
2,5 GHz
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