A MegaEdu, entidade independente que dá suporte a governos e acompanha desde o princípio as políticas brasileiras de educação conectada, comemora os resultados alcançados até aqui e diz que as políticas de fato estão avançando. Segundo Cristieni Castilhos, CEO da MegaEdu, ao trazer no Seminário Educação Conectada um balanço dos programas até o momento, apontou que já existe um contingente de pelo menos 46% das escolas com conectividade dentro dos parâmetros internacionais, o que é muito acima dos 9% encontrados no início dos projetos. Isso, segundo ela, porque os dados do senso de educação de 2024 não foram ainda publicados, e eles devem mostrar um avanço maior ainda. Mas ela alerta para uma possível demanda nos projetos: dispositivos. Segundo Castilhos, hoje esse é um grande desafio porque não existe ainda uma referência aos municípios sobre o que comprar, como comprar, além do custo, obviamente.
Para o Ministério das Comunicações, o número de escolas com nível adequado de atendimento na verdade já deve superar os 50%, diz Hermano Tércius, secretário de telecomunicações. Segundo Ana dal Fabbro, coordenadora de tecnologias e inovação do Ministério da Educação, desde que a ENEC foi lançada, em setembro de 2023, 12 mil escolas já foram conectadas, e os projetos caminham bem. Tanto que, segundo ela, já é possível falar de outras pautas importantes, como uso pedagógico dos conteúdos, compra de equipamentos adequados .
Mas, segundo ela, o grande desafio mesmo é dar continuidade aos projetos, já que os recursos, em geral, são suficientes para dois anos de operação. Hermano Tércius, é preciso lembrar que das cerca de 72 mil escolas conectadas hoje, cerca da metade ainda é composta por escolas atendidas pelo Programa Banda Larga nas Escolas (PBLE), e elas precisarão ser reconectadas em algum momento. "Conectar escola é mais fácil do que manter", diz dal Fabbro.