A Google ofereceu US$ 900 milhões pelas patentes da Nortel. A antiga fabricante canadense de infraestrutura de redes móveis, que vendeu a maior parte de suas unidades de negócios para a Ericsson, guardou as patentes para serem comercializadas à parte. A oferta da Google é apenas a primeira. Analistas apostam que o valor pode ultrapassar a casa de US$ 1 bilhão, pois Apple e Nokia também estariam interessadas.
Em análise sobre o tema, o site Rethink Wireless (www.rethink-wireless.com) destaca que a Nortel detém pelo menos sete patentes de um total de 105 consideradas essenciais para o LTE (Long Term Evolution). A título de comparação, a Nokia tem 57 e a Ericsson, 14. Algumas das patentes da Nortel poderiam ser aplicadas pela Google em seus serviços de cloud computing, mas a maior parte serviria apenas para fortalecer suas brigas judiciais por propriedades intelectuais com outros gigantes, como Microsoft e Oracle. A própria Google escreveu recentemente, a respeito de sua briga com a Oracle pelo uso de certas patentes do Java no Android, que "uma das melhores defesas é (ironicamente) o formidável portfólio de patentes da companhia, o que lhe garante liberdade para desenvolver novos produtos e serviços. A Google é uma empresa relativamente jovem e, embora tenhamos um crescente número de patentes, muitos de nossos competidores têm portfólios maiores porque existem há mais tempo."
Ainda sob a análise de Rethink Wireless, uma vitória da Google nessa disputa poderá significar uma mudança radical nas normas de licenciamento de 4G. A Google, tal como a Intel, por não ser um player tradicional do mundo móvel, poderia se interessar mais em liberar o uso das patentes para ajudar na massificação de seus serviços do que propriamente em ganhar dinheiro com seu licenciamento.
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