Huawei apresenta estudo de referência para adoção do 5G Advanced

Lançamento do White Paper sobre 5G Advanced elaborado pela Huawei e pela Softex

De acordo com estudo realizado pela Huawei em parceria com a Softex no MWC 2025, o Brasil já está pronto para iniciar a sua jornada de introdução de uma evolução no padrão 5G atual, com o chamado 5G Advanced (5G-A). Uma das condições foi a rápida adoção do 5G no Brasil, que já ultrapassa 69% da população coberta, e o fato de o país ter feito a opção regulatória de impor a adoção do 5G Standalone nas redes, o que induziu o avanço ao Release 16 da padronização do 3GPP. O 5G Advanced começa no Release 18, e em tese terá como atributos uma velocidade maior de conexão (até 10 Gbps), integração com redes de satélite, integração com sistemas de gestão baseados em IA, agregação de portadoras em New Radio (modulação do 5G).

Segundo o estudo, as operadoras devem começar a introduzir o 5G Advanced ainda este ano , inclusive reforçando junto ao consumidor a visualização da nova tecnologia nos dispositivos. 

O leilão do 6 GHz é apontado pela Huawei como essencial, pois as velocidades e a plena funcionalidade do 5G Advanced dependem da agregação das faixas de 6 GHz, 3,5 GHz e 2,3 GHz. Nesse sentido, a recomendação do estudo é que o leilão não seja arrecadatório, dando mais margem para a ampliação da cobertura e facilitando o retorno sobre o investimento.

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A proposta da Huawei é que a Anatel adote metas similares às do 5G, com uma quantidade mínima de ERBs com 5G Advanced por município, incluindo nós de rede (core) para data centers, cobertura interna, áreas de grande aglomeração sazonal e metas de eficiência energética.

Para os fabricantes de aparelhos, a recomendação é a introdução de CPEs e smartphones com 5G Advanced já com Release 18, além de planejar a introdução de sinalização 5G-A.

Benchmarks

O estudo da Huawei apresentado no MWC 2025, em Barcelona, que tem introdução feita pelo  presidente da Anatel, Carlos Baigorri, e prefácio do Ministério das Comunicações, traz referências internacionais sobre possíveis casos de uso, canalização do espectro de 6GHz, estimativas de modelos de negócio, além de detalhar tecnicamente as inovações do 5G Advanced. 

As principais referências utilizadas são operações na China e no Oriente Médio, onde o 5G Advanced já começou a ser introduzido. A íntegra do estudo está disponível aqui.

Hoje, a evolução das redes para o 5G Advanced depende, fundamentalmente, de atualizações de software na rede, nos casos em que a operação já tem um core Standalone. Os principais obstáculos são, portanto, os modelos de negócio que justifiquem essa atualização, além da falta de terminais preparados para o 5G Advanced. Há pouco mais de uma dezena de equipamentos homologados.

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