Celulares piratas representam entre 15% e 20% da base em serviço no Brasil

A determinação da Anatel para que as operadoras celulares implementem um sistema para identificar e bloquear o uso de celulares piratas no Brasil vai afetar muita gente. Estima-se que esses aparelhos representem entre 15% e 20% da base de celulares em serviço no País, o que corresponde a dezenas de milhões de terminais.

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Atualmente, cada operadora tem sua própria plataforma de gerenciamento de terminais, responsável por identificar os modelos que acessam suas redes. Nenhuma delas implementou até o momento um bloqueio aos aparelhos piratas, com receio de perder clientes. Entretanto, os celulares não-homologados geram prejuízos para as teles. "Recebemos muitas reclamações no call center de usuários com problema de acesso. Ao verificar, percebemos que a culpa não é da nossa rede, mas do aparelho, que não é homologado e tem defeitos. Como não conhecemos o produto, sequer conseguimos prestar suporte", relata uma fonte de uma operadora.

Outra fonte do mercado de handsets demonstra ceticismo quanto à eficiência da solução a ser criada. "Os bandidos vão continuar falsificando TACs (número de modelo de aparelho) e as pessoas que trazem celulares legalmente do exterior correrão o risco de serem bloqueadas", alerta, referindo-se a clientes que compram modelos novos em viagens internacionais antes de seu lançamento (e certificação) no Brasil. Há também quem critique a responsabilização das teles: para algumas fontes, quem deveria combater o problema seria a Polícia Federal, já que os terminais piratas entram ilegalmente no País.

O combate aos celulares piratas é uma bandeira antiga dos fabricantes legalmente instalados no País. Outros mercados emergentes, como a China, enfrentam a mesma questão.

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