Nokia prevê 2021 desafiador; receita na América Latina despenca

A Nokia está prevendo um ano de 2021 desafiador após encerrar o quatro trimestre de 2020 e o consolidado do ano passado com queda nas receitas (em resultado bastante acentuado na América Latina). A fornecedora, contudo, comemorou um incremento nas margens.

Entre outubro e dezembro foi registrada queda de 5% no faturamento da Nokia (para 6,5 bilhões de euros), pressionada inclusive pela vertical de redes – ou o principal negócio da empresa. No ano, a queda na receita ficou em 6%, para 21,867 bilhões de euros.

Apenas na América Latina, as vendas recuaram 38% no trimestre final de 2020 (para 291 milhões de euros) e 31% no acumulado do ano (1,011 bilhão de euros). América do Norte e Oriente Médio/África foram as únicas regionais onde a Nokia cresceu o volume de receitas.

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Já o lucro operacional global cresceu 89% ao longo de 2020, para 918 milhões de euros (apesar de queda de 41% no último trimestre). A margem bruta passou de 35,4% para 37,6%, enquanto a margem operacional subiu de 2,1% para 4,2% no ano. A empresa destacou que os resultados ficaram dentro do guidance para 2020, mas optou por não distribuir dividendos referentes ao ano fiscal.

Desafios

Para 2021, a Nokia não enxerga uma trajetória simples. "Esperamos um ano desafiador, de transição, com ventos contrários significativos devido à perda de participação de mercado e erosão de preços na América do Norte", adiantou o CEO da Nokia, Pekka Lundmark.

A empresa ainda afirmou que pretende ampliar os investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) 5G em 2021, "o que significa que sacrificaremos alguma margem de curto prazo para garantir a liderança" na tecnologia, segundo comunicado.

Um dos objetivos da fornecedora é reduzir o custo de produto das estações de acesso em rádio 5G. Ao fim de 2020, 43% das estações embarcadas pela empresa já contavam com system-on-chip (SoC) considerado mais eficiente; a meta é encerrar 2021 com 70% das vendas de rádio 5G neste perfil.

Mesmo com a alta na demanda de quinta geração, a baixa no número de implementações em tecnologias legadas afetou o resultado da vertical de redes. O faturamento da área representa 76% do faturamento total da Nokia, mas recuou 7% em 2020, assim como no último trimestre.

Por outro lado, a vertical empresarial cresceu 11% no ano passado, sendo 1% entre outubro e dezembro. A fornecedora diz que o resultado traduz sua liderança em áreas como redes privativas.

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