Um relatório sobre os usuários brasileiros que só utilizam 3G realizado pela Opensignal estimou que 86,6% dos consumidores atendidos pela tecnologia possuem um aparelho habilitado para 4G – abrindo espaço para novos esforços de migração entre as operadoras.
"Uma proporção significativa da população ainda depende de redes legadas. Isso tornará mais difícil para as operadoras brasileiras desligar as redes 3G legadas e reutilizar o espectro sem fio existente para implantar tecnologias mais novas e eficientes, como 5G ou 4G", sinalizou a Opensignal.
De acordo com medição realizada ao longo de outubro de 2020, a empresa indicou três razões para a base "somente 3G" ainda ser relevante (ou 33,3 milhões de clientes que representam 14,2% da base nacional). A principal foi uma simples falta de atualização para planos do gênero.
"86,6% de nossos usuários 'somente 3G' tinham um dispositivo compatível com 4G e passavam tempo em áreas cobertas por 4G (onde vimos outros usuários se conectando a redes 4G no mesmo provedor de rede móvel)", afirmou a Opensignal. "Eles provavelmente não atualizaram para uma assinatura 4G ou podem ter desativado as conexões 4G em seus telefones", completou a empresa, sugerindo novas estratégias de migração.
Cobertura
Ainda segundo o relatório, a incidência de clientes que possuem aparelhos 4G, mas vivem em áreas sem cobertura da tecnologia, seria menos relevante: 7,2%.
Já os que têm acesso à cobertura, mas não contam com smartphone 4G seriam 5,9%. Apenas 0,3% não têm acesso nem à aparelhos nem à cobertura. As medições realizadas pela Opensignal ocorrem a partir de dados coletados por parceiros em cerca de 100 milhões de devices.
Velocidades
A Opensignal também comparou a velocidade dos usuários "somente 3G" com a média da tecnologia 4G. Os resultados foram bastante discrepantes: 19,5 Mbps contra 5,8 Mbps.
