Aeronáutica prepara aquisição de satélite de sensoriamento remoto de alta resolução

Os membros do Grupo de Trabalho do Projeto Carponis-1 estarão reunidos até quinta-feira, 7, em Brasília, para analisar e definir os principais pontos processo de aquisição do primeiro satélite brasileiro de sensoriamento remoto de alta resolução espacial. Após isso, será enviado um documento com a solicitação de propostas  às empresas interessadas em participar do processo. De acordo como presidente da Comissão de Coordenação de Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE), Brigadeiro do Ar José Vagner Vital, a previsão é de que a contratação do projeto, que está na fase de viabilidade (análise das alternativas tecnológicas, benefícios e magnitude dos riscos), ocorra ainda no primeiro semestre deste ano. Antes disso, todos os requisitos definidos pelo Grupo de Trabalho ainda precisam ser aprovados pelo Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER).

Segundo manifestação do Brigadeiro Vital, em nota da CCISE, a expectativa é de que o novo projeto venha a gerar um impacto econômico positivo – atualmente, o Brasil adquire imagens providas por outros países. No entanto, há ainda necessidade de aprovação de orçamento para a contratação. "Essa é uma fase muito importante para o projeto. Depois de definirmos os detalhes do que nós queremos para a solicitação de propostas, tanto tecnicamente, industrialmente, e em relação à logística, treinamento e conteúdo nacional, ficamos aguardando apenas a luz verde do governo em termos de orçamento, e de plano plurianual, para, em um curto espaço de tempo, selecionar a melhor proposta que atenda aos anseios do Brasil", afirmou o presidente da CCISE.

Carponis-1

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O Carponis-1 é o primeiro satélite brasileiro de sensoriamento remoto de alta resolução espacial e faz parte das constelações do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE), que integra o Programa Espacial Brasileiro. Ele tem capacidade de gerar imagens coloridas com resolução igual a um metro ou menos – ou seja, com mais qualidade, nitidez e precisão, em comparação com as imagens providas pelo satélite sino-brasileiro, o CBERS-4, que pode somente prover imagens em preto e branco com resolução máxima de cinco metros. A previsão é que o novo satélite seja colocado em órbita até 2022.

No âmbito da Defesa e Segurança, o artefato proverá o apoio de inteligência nas operações militares em território nacional e internacional, sobretudo com a identificação e monitoramento constante das áreas utilizadas para práticas ilícitas, como as áreas de fronteira e de alta criminalidade nos grandes centros urbanos. Já como exemplos de utilização por outros órgãos governamentais, destacam-se o monitoramento e a fiscalização mais precisa de áreas de desmatamento, o suporte à produção agrícola e o apoio à fiscalização fundiária. (Com informações da Agência Força Aérea)

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