Os fabricantes de equipamentos de radiodifusão se movimentam para ter alguma participação na implantação da rede de TV digital que atenderá às emissoras da União, gerida pela EBC. Nas audiências públicas que aconteceram recentemente para tirar dúvidas sobre o edital para contratação de um operador de rede, alguns fabricantes questionaram a necessidade de um depósito de garantia tão alto, de mais de R$ 80 milhões. Para eles, isto inviabilizaria a criação de consórcios nacionais. Uma fonte ouvida por este noticiário diz que alguns fabricantes ainda articulam para montar consórcios nacionais, mas, na opinião da fonte, o prazo para estruturar estes consórcios seria inviável. "Só um consórcio está efetivamente estruturado", diz a fonte, citando o grupo encabeçado pela japonesa Marubeni. O consórcio tem financiamento do Banco de Tóquio e participação da NEC. Outro grupo estrangeiro, o francês TDF, também já mostrou interesse.
Apesar do esforço para participar dos consórcios, alguns fabricantes contribuíram com a consulta pública sobre o edital sugerindo que fosse obrigatória a realização de editais para compra de equipamentos por parte do consórcio vencedor. Os fabricantes alegam que assim garantiriam alguma isonomia para competir com estrangeiros, que contam com bancos internacionais para financiar seus consórcios. Outro fabricante ouvido por este noticiário diz que já está negociando sua associação a um consórcio estrangeiro, garantindo assim sua participação, caso o consórcio ganhe.
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