Os Estados Unidos ampliaram as restrições para acesso da China à tecnologia avançada de chips. O Bureau of Industry and Security (BIS) do Departamento de Comércio do país alterou seus regulamentos de exportação, introduzindo novos controles para determinados itens avançados para computação e equipamentos de fabricação de semicondutores.
As novas medidas limitam envios de chips de memória de alta largura de banda (HBM) destinados à China e adicionam 140 empresas à "lista de entidades" cujos negócios com os Estados Unidos são restritos. Destas, 136 são companhias sediadas na China. Empresas norte-americanas não podem fazer negócios com integrantes da lista sem obter uma licença de exportação.
Outra medida foi a de estender as limitações para incluir também ferramentas adicionais de fabricação e software para produção de semicondutores, além de demais aspectos burocráticos. As medidas foram confirmadas na última segunda-feira, 2.
Em comunicado, o Departamento de Comércio declarou que as empresas em questão atuam contrariamente aos interesses de segurança nacional e de política externa dos Estados Unidos, e que as medidas buscam limitar o uso das tecnologias avançadas para usos militares e em inteligência artificial.
China reage
Nesta terça-feira, 3, a China reagiu e anunciou que vai restringir as exportações aos Estados Unidos de minerais críticos para a área de tecnologia.
Com validade imediata, a decisão proíbe as exportações materiais como gálio, germânio, antimônio e materiais superduros, considerados importantes para tecnologias avançadas e aplicações industriais e militares de alto desempenho.
Em paralelo, entidades empresariais chinesas dos segmentos de semicondutores, operadores de telecom, setor automotivo e plataformas de Internet emitiram comunicados aconselhando suas associadas a evitarem comprar chips de fornecedores norte-americanos, em resposta às novas sanções impostas pelo governo de Joe Biden.