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Abinee projeta queda anual de 19% para o setor de telecom

O setor de fabricantes de equipamentos de telecomunicações no Brasil deve encerrar 2009 com uma receita de R$ 17,4 bilhões, uma queda de 19% em relação a 2008, quando a indústria faturou R$ 21,5 bilhões. A previsão é da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), que ressalta que o setor de telecomunicações é o que registrará a maior baixa entre todos os outros da indústria eletroeletrônica, como automação industrial, informática, equipamentos industriais e utilidades domésticas. A indústria de eletroeletrônica como um todo, aliás, também sofrerá uma baixa considerável até o fim do ano e deve faturar R$ 112 bilhões, 9% a menos que os R$ 123 bilhões do ano passado, a primeira queda desde 2002.
No entanto, para Aluizio Byrro, vice-presidente da Abinee, o resultado da vertical telecom em 2009 não deve ser analisado com pessimismo, uma vez que 2008 foi um ano atípico, de grande investimento nas redes de terceira geração (3G) e, portanto, a queda no ano seguinte tida como um movimento natural. "No ano passado a receita do setor de telecom foi de R$ 21,5 bilhões, neste ano devemos voltar aos patamares de 2007, ou seja, na casa dos R$ 17 bilhões", diz.
2010

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Passada a crise financeira internacional, a estimativa da Abinee para 2010 é de um crescimento de 21% na área de telecom, encerrando o período com R$ 21 bilhões. Ou mais, segundo Byrro. "Não teremos mais os efeitos da instalação das redes novas de 3G, somente a expansão, que vai demandar investimentos modulares. Mas, se o Plano Nacional de Banda Larga começar a sair do papel, o aquecimento da indústria deve ser maior do que o previsto", explica. Paulo Castelo Branco, diretor da Abinee, não manifesta o mesmo otimismo. "A meu ver, a área de telecom não vai crescer em torno de 10% em 2010", diz. Para ele, nem os investimentos no Plano Nacional de Banda Larga serão capazes de mudar essa situação. "A banda larga só será um negócio de fato vantajoso quando for oferecida em larga escala e em links a partir dos 100 Mbps, com oferta de serviços avançados, o que não deve ocorrer tão cedo", acrescenta. O executivo também diverge em relação à estimativa da Abinee de queda de 19% no setor. Para ele, a área de telecom deve fechar este ano com retração de 10%.
Celulares
A produção estimada de celulares para 2009 é de 62 milhões de aparelhos, 15% a menos que em 2008. Desse total, 17 milhões deverão ser destinados às exportações e 45 milhões para o mercado interno. Destes 45 milhões, 24,4 milhões serão destinados a novas linhas. No entanto, o ano deve registrar retração de 32% nas exportações, em relação a 2008. A queda, de acordo com a Abinee, foi decorrente de políticas administrativas da Argentina, Venezuela e Equador para redução das importações. "Infelizmente não vejo muita chance de mudanças nesse cenário, pois o Brasil não parece disposto a mudá-lo", lamentou o presidente da Abinee, Humberto Barbato.
Infraestrutura
No segmento de infraestrutura, o faturamento foi sustentado, nos primeiros meses do ano, pelos pedidos em carteira contratados antes da crise internacional. A partir de então, as carteiras não foram repostas, refletindo em queda de 22% no faturamento da indústria. O segmento de telefones celulares, em contrapartida, passou a reagir a partir do mês de abril, devendo terminar o ano com queda de 15% frente a 2008.
Eletroeletrônicos
As exportações do setor eletroeletrônico como um todo, de acordo com o levantamento da associação, devem movimentar US$ 7,2 bilhões em 2009, cifra que deve se repetir ao término de 2010. Esse volume representa uma, retração de 27% em comparação com o 2008, quando as receitas foram de US$ 9,9 bilhões.

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