Em tempos de crise, a maioria das empresas corta gastos e reduz investimentos. Na opinião do diretor de mobilidade da Intel, Greg Welch, o certo seria fazer o contrário – pelo menos para quem atua no segmento de banda larga móvel. "Você não sobrevive a uma crise com os mesmos produtos e serviços. Tem que lançar novos serviços. Existe uma grande demanda por acesso à internet no mundo todo. As empresas que continuarem a investir vão se aproveitar dessa demanda", disse Welch, que está no Brasil esta semana para participar do congresso latino-americano do WiMAX Forum, no Rio de Janeiro. "Quando estourou a bolha da internet, no começo da década, não houve redução no acesso à internet", lembra o executivo.
A Intel é uma das maiores incentivadoras do WiMAX no mundo, investindo inclusive em algumas operadoras através da Intel Capital, como na brasileira Neovia. "Apoiamos o WiMAX como tecnologia para a 4G porque ele está disponível hoje", justificou Welch. O executivo não disse, contudo, se a Intel estaria disposta a manter as linhas de investimento em WiMax para compensar a retração internacional de crédito.
Devices
Atualmente, quatro fabricantes de notebooks já incluem receptores de WiMAX em 2,5 GHz em seus laptops: Asus, Acer, Lenovo e Toshiba. Welch acredita que em menos de cinco anos a presença de WiMAX embutido em laptops será uma regra de mercado, tal como acontece com WiFi atualmente.