BrT quer que Anatel estipule "banda de guarda"

Para que as operações de WiMAX no Brasil em 3,5 GHz funcionem sem problemas técnicos, é necessário que seja estipulada o que os engenheiros de rede chamam de "banda de guarda": trata-se de um pedaço de até 5 MHz de espectro na fronteira entre as faixas licenciadas para cada operadora. A opinião é do diretor de tecnologia da Brasil Telecom, Orlando Ruschel, após os diversos testes realizados pela operadora com WiMAX. A banda de guarda, porém, não está prevista na regulamentação de 3,5 GHz redigida pela Anatel e que se encontra em consulta pública até o dia 5 de janeiro. O assunto deve ser abordado pela BrT e por outras operadoras em suas contribuições à consulta pública.
A necessidade da banda de guarda traz à tona outro problema: os 30 MHz originalmente previstos pela Anatel para cada licença se tornam insuficientes. O ideal, dizem os técnicos, seria ter células com três setores de 10 MHz cada. Se incluída a banda de guarda, seria preciso aumentar para 40 MHz cada bloco a ser licenciado, sugere Ruschel.
O diretor da BrT lembra também que o uso da banda de guarda deveria ser levado em conta no cálculo do preço das licenças: "Não é justo que se pague por um espectro que não será utilizado". Ruschel participou nesta quarta-feira, 3, do congresso latino-americano do WiMAX Forum, no Rio de Janeiro.

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Rede

A BrT realiza no momento um soft launch de WiMAX no padrão móvel (802.16e) em três cidades: Curitiba, Porto Alegre e São Paulo. A operação comercial deve acontecer no começo do ano que vem. Em Curitiba e Porto Alegre, o alvo são áreas onde a rede fixa está saturada ou não tem uma qualidade suficiente para a oferta de ADSL. Em São Paulo, o foco são pequenas e médias empresas. A BrT estuda também a possibilidade de lançar a operação WiMAX no Rio de Janeiro.

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