Para Carlos Baigorri, a Anatel tem como grande desafio criar um ambiente competitivo no segmento móvel, e a agência pretende, para isso, fazer uso dos mesmos mecanismos que permitiram a diversificação da banda larga fixa: medias regulatórias assimétricas e planejamento de longo prazo.
"Há 10 anos, o mercado de banda larga fixa era muito concentrado, mas em uma década conseguimos criar uma nova dinâmica concorrencial. Hoje a realidade se inverteu e o mercado móvel é que está concentrado, e com o mesmo ferramental e modelo mental, usando o conceito de PMS, medidas assimétricas, queremos dar uma nova dinâmica concorrencial", disse Baigorri na abertura da Futurecom 2023, em São Paulo. "Queremos que novos entrantes com estoque menos significativo de espectro sejam um vetor de competição", disse o conselheiro, lembrando os episódios que levaram à concentração atual: consolidação das empresas e, mais recentemente, venda da Nextel e da Oi Móvel.
A manifestação é importante porque a agência discute diversos mecanismos que terão influência no futuro do mercado móvel, como a revisão do Regulamento de Uso de Espectro (RUE), o pLano Geral de Metas de Competição e ainda questões concorerenciais diretas, como o acordo entre Winity e Vivo.