Tellabs aposta em soluções de backhaul móvel para otimizar LTE

Atenta para a necessidade de melhoria na infraestrutura de redes LTE no Brasil, a Tellabs apresentou nesta quarta-feira, 3, novos produtos para backhaul móvel, que transporta o tráfego entre o core da operadora e as estações radiobase (ERBs), incluindo small cells. A intenção da empresa é tentar oferecer equipamentos para reduzir a complexidade da rede, permitindo otimizar os custos e a experiência dos usuários ao cuidar da infraestrutura de forma inteligente.

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Uma das soluções, a 8602, aposta em um tamanho reduzido, comparável a um caderno escolar, e a compatibilidade com small cells. O equipamento será apresentado em forma de protótipo durante a Futurecom 2012, evento de telecomunicações que acontecerá no Rio de Janeiro entre os dias 8 e 11 de outubro, e deverá ser lançado em fevereiro de 2013, durante o Mobile World Congress, na Espanha. "Será em tempo para a implantação no Brasil", assegura o vice-presidente e gerente geral da Tellabs para América Latina e região do Caribe, Alberto Barriento.

Já o Tellabs 9200, com capacidade de 1,2 Tbps na ponta, será lançado oficialmente durante a Futurecom e atua no monitoramento da performance do usuário e da rede. "A operadora vai conseguir entender melhor o comportamento do cliente e entregar mais banda a quem precisa", afirma Barriento. Segundo ele, a proposição é chegar à granularidade do usuário ou mesmo da aplicação que ele estiver utilizando, gerenciando a experiência de uso da rede.

A empresa busca também se adequar melhor à mudança de tecnologias, como a adoção do protocolo IP para o tráfego no LTE (embora já seja utilizado em HSPA+), "com tudo de bom e ruim que isso traz". Essa nova arquitetura exclui o controlador de radiobase, transferindo a inteligência para as próprias ERBs, que possuem conexão direta com o core. "As funções de roteamento e empacotamento do tráfego ficam a cargo do core e tudo está sendo feito por IP", diz Barriento. Ele ressalta ainda que a solução de backhaul conta com a segurança IPsec para esse protocolo, além de proporcionar menor latência e maior sincronismo para o transporte de pacotes.

Resultados

As soluções de backhaul da empresa são retroativas, funcionando também com 2G e 3G, além de qualquer meio físico (rádio, fibra ou cobre), até por conta da ainda baixa penetração da tecnologia de terceira geração na América Latina. Mas os lançamentos voltados para as redes LTE e LTE-A (categoria avançada da tecnologia Long Term Evolution que se adapta melhor às topologias heterogêneas das redes com macro e micro células e melhorando a cobertura e performance) pretendem aproveitar as oportunidades de crescimento do 4G. Segundo o executivo, 80% da receita da Tellabs na região vem dos cinco maiores clientes, embora ele não tenha oficializado esses nomes – provavelmente correspondem a grupos como Telefônica, América Móvil e Telecom Itália. "Hoje, nossa estratégia não é conquistar novos clientes, mas cuidar bem dos que temos e crescer com eles, tentando penetrar em países onde não estamos ainda", explica.

Alberto Barriento diz que a empresa obteve um crescimento de 38% em receita na América Latina na comparação entre o primeiro semestre de 2012 e o mesmo período no ano anterior. No Brasil, o aumento foi de 40% e no México chegou a 80% graças a novos clientes e investimentos em novas tecnologias. A margem de lucro cresceu 50% na região, com índice semelhante na filial brasileira, e a contribuição (que inclui margem e despesas) obteve um crescimento de 63% no mundo. A previsão da média de crescimento composto anual (CAGR) no mundo somente na área de mobile backhaul é de 9% entre 2012 e 2015.

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