Em comunicado publicado na tarde desta terça-feira, 3, a operadora de satélites Starlink afirmou que cumprirá a ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) para bloqueio da plataforma X (antigo Twitter) no Brasil. As duas empresas pertencem ao empresário Elon Musk.
O aviso foi realizado na conta da operadora na própria rede social. "Independentemente do tratamento ilegal da Starlink no congelamento de nossos ativos, estamos cumprindo a ordem para bloquear o acesso ao X no Brasil", afirmou a operadora de satélites de Musk. Este noticiário apurou que a notificação formal dos representantes legais da Starlink junto à Anatel também foi protocolada às 17:39, informando que a ordem já estava sendo cumprida e que os domínios www.x.com e www.twitter.com estavam bloqueados pela empresa.
Desde a ordem inicial para bloqueio do X no País, emitida pelo ministro Alexandre de Moraes na última sexta-feira, 30, a Starlink vinha relutando em realizar a operação e mantendo o serviço disponível para usuários no Brasil. A empresa chegou a sinalizar que só realizaria o bloqueio após ter suas finanças liberadas no País. As contas da operadora foram bloqueadas no Brasil como forma de garantir o pagamento de multas da Justiça ao X, na falta de representantes legais da rede social no País.
Veja a íntegra da nota da Starlink
Aos nossos clientes no Brasil (que podem não conseguir ler isso como resultado do bloqueio do X por @alexandre):
A equipe da Starlink está fazendo todo o possível para mantê-los conectados.
Após a ordem da semana passada de @alexandre que congelou as finanças e impediu a Starlink de realizar transações financeiras no Brasil, iniciamos imediatamente procedimentos legais no Supremo Tribunal Federal do Brasil, explicando a flagrante ilegalidade dessa ordem e pedindo ao Tribunal para descongelar nossos ativos. Independentemente do tratamento ilegal da Starlink no congelamento de nossos ativos, estamos cumprindo a ordem para bloquear o acesso ao X no Brasil.
Continuamos a buscar todos os meios legais, assim como outros que concordam que as ordens recentes de @alexandre violam a constituição brasileira.
