A "qualidade consistente" da rede móvel melhorou em quase todos os estados brasileiros no segundo trimestre, de acordo com relatório da empresa de medições Opensignal. A única exceção foi o Rio Grande do Sul.
Essa foi a mesma época em que o estado foi impactado por fortes enchentes (entre o final de abril e começo de maio). Segundo a Opensignal, o resultado do Rio Grande do Sul pode ter sido afetado pelas recentes inundações.
O indicador de qualidade consistente afere a capacidade de uma operadora fornecer experiência de navegação estável ao usuário. Nele são combinados indicadores de velocidade de download, de upload, latência, jitter, descarte de pacotes e tempo até o primeiro byte. Os componentes são avaliados em relação aos limites recomendados por aplicativos populares.
"O Brasil registrou melhorias consistentes na qualidade em todas as regiões, exceto no Rio Grande do Sul, com um aumento nacional de mais de cinco pontos percentuais, de 57,8% para 63%", afirma o relatório.
O Distrito Federal, por exemplo, teve a maior pontuação média em consistência: 69,4%. Em seguida vem Paraná e São Paulo. "Brasília tem o maior PIB per capita de todas as unidades federativas, permitindo que as operadoras aprimorem a experiência móvel de forma mais eficiente e lucrativa", destacou a Opensignal.
No entanto, a firma destacou a desigualdade regional ainda persistente no País. Os grandes centros urbanos experimentaram uma resiliência de conexão superior, enquanto estados como Acre e Rondônia (menos urbanizados, segundo a Opensignal), registraram as piores médias entre abril e junho deste ano.
TIM na frente
Opensignal também verificou que a TIM teve a melhor qualidade de consistência da rede móvel do País. Para a empresa, o resultado da operadora seria explicado pela presença maior de estações rádio base (ERBs) espalhadas pelo País. No 5G, por exemplo, é ela que tem a maior quantidade de "antenas" na faixa 3,5 GHz no Brasil.
"Mesmo nas regiões com as pontuações médias mais baixas (Acre, Rondônia e Roraima) os usuários da TIM desfrutam de uma experiência relativamente boa, igual ou superior à média nacional", afirmou o relatório da Opensignal.
Na Ookla, Claro lidera
Em um relatório distinto, de autoria da Ookla (dona do Speedtest) e divulgado também nesta semana, se analisou apenas o desempenho 5G das três grandes operadoras nacionais.
Neste caso a Claro foi a líder, com velocidade de download média de 501 Mbps. Atrás vieram Vivo (428 Mbps) e TIM (391 Mbps). O resultado do Brasil no 5G foi o melhor entre todos os países analisados pela Ookla na América Latina, com média de 443 Mbps na velocidade de download.
Ainda segundo o Speedcast da Ookla, a Claro registrou as melhores velocidades de upload (38 Mbps) e latência (18ms) no Brasil, além de se sagrar vencedora na melhor experiência de vídeo e games.
"Os resultados de desempenho 5G da Claro mostram velocidades máximas acima de 800 Mbps e um SpeedScore de 407, oferecendo as velocidades de download 5G mais rápidas em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre", apontou a Ookla.