A Positivo entrará no mercado de aparelhos celulares com um portfólio inicial composto por quatro modelos: dois smartphones Android e dois feature phones com sistema operacional proprietário, um deles com teclado Qwerty e outro com receptor de TV. Todos são dual SIMcard, ou seja, podem operar com dois chips simultaneamente. A data de lançamento ainda não está definida. Os telefones serão produzidos na fábrica da empresa em Curitiba.
Com a decisão de fabricar celulares, a Positivo se une a outras marcas brasileiras que estão descobrindo (ou, em alguns casos, redescobrindo) esse mercado, como Gradiente, CCE e Multilaser, aproveitando também as promessas de desoneração do governo federal para smartphones. A confirmação desse movimento da Positivo veio há duas semanas, quando foi anunciado o acordo entre o grupo e a Qualcomm para licenciamento de tecnologias móveis. Egresso do segmento educacional, a Positivo é hoje um dos maiores fabricantes de computadores pessoais do Brasil, tendo registrado no primeiro semestre deste ano vendas de 1,1 milhão de PCs.
Análise
A Positivo segue o caminho certo ao apostar em modelos dual SIMcard. Eles representam atualmente cerca de 25% das vendas de celulares no Brasil. Com uma marca forte no segmento de PCs, a Positivo pode se aproveitar disso para atender a uma parte da crescente demanda da classe C por smartphones baratos. Outra vantagem da empresa é contar com uma unidade fabril própria, dispensando a terceirização da produção. Em um mercado tão sensível ao preço, isso pode fazer a diferença.
