O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrição, a cessão de direito de exploração de até 125 torres da Algar pela Highline Infraestrutura de Telecomunicações. O acordo foi anunciado no final de junho deste ano e prevê pagamento de R$ 64 milhões. O prazo inicial do aluguel das antenas é de dez anos.
De acordo com o Cade, mesmo após a operação, a Highline terá um market share restrito no mercado nacional de construção, gestão e operação de infraestrutura para telecomunicações. Assim, a sobreposição horizontal gerada é incapaz de suscitar quaisquer preocupações de ordem concorrencial.
No que se refere à integração vertical, diz o órgão antitruste, não há indícios de possibilidade de geração de efeitos anticompetitivos, "primeiramente pela própria participação reduzida da Highline em seu mercado de atuação e, por fim, pelo fato de que não há previsão de exclusividade ou incentivos para que a Highline favoreça a Algar com a cessão de espaços em torres de telecomunicações em detrimento de terceiros".
Para a Algar, a operação garantirá liquidez e a empresa poderá concentrar seus recursos na oferta de soluções de tecnologia da informação e telecomunicações. A Highline integra o Grupo P2 Brasil, que tem como foco investimentos em private equity nos setores de logística e transporte, óleo e gás, água e saneamento, telecomunicações, distribuição e transmissão de energia elétrica.