Um ponto novo do laudo econômico-financeiro publicado pela Oi junto ao pedido de aditamento da recuperação judicial da companhia foi a estimativa de uma receita operacional líquida de R$ 1,1 bilhão com a venda, em 2025 e em 2026, do cobre presente em redes aéreas.
Até então, a Oi vinha evitando fazer estimativas sobre o valor de revenda do metal que está sendo extraído dos postes da sua antiga área de concessão; uma das razões era a oscilação constante na cotação do material no mercado internacional. Mas nas premissas presentes em laudo de viabilidade assinado pela Meden Consultoria, alguns valores são projetados.
Entre junho e dezembro deste ano, a estimativa é de receita operacional líquida de R$ 486 milhões com a venda do cobre "aéreo". Já em 2026, o valor projetado sobe para R$ 620 milhões, o que daria um impulso nas receitas da Oi no ano que vem.
A soma dos dois exercícios totaliza R$ 1,1 bilhão, sendo que a partir de 2027 não são mais esperadas receitas com a revenda do metal. Confira abaixo as premissas de receita operacional líquida projetadas para a Oi nos próximos três anos (clique para ampliar):
Como apontam os números, o cobre aéreo ocupa papel relevante nas projeções, ao lado da Oi Soluções e das subsidiárias Serede e Tahto (dupla que agora terá sua própria recuperação judicial, como divulgado nesta quinta-feira, 3).
A retirada do cobre, vale lembrar, também deve ser acompanhada por um aumento nos custos, sobretudo com a chegada da extração ao interior do País. Por outro lado, também é aguardada uma redução de custos com manutenção da rede legada e postes, afirmou o CEO da Oi, Marcelo Milliet, na última conferência de resultados da tele, em março. O próprio executivo tem passagem profissional pela cadeia de valor do metal.
Além do cobre aéreo da Oi, há ainda o cobre subterrâneo que suportava a prestação de serviços legados pela empresa. Neste caso, a operadora já tem compromisso de venda de todo a "sucata" para a V.tal.
