Oi pede recuperação judicial das subsidiárias Serede e Tahto

A Oi protocolou nesta quinta-feira, 3, um pedido de recuperação judicial de suas subsidiárias integrais Serede (de serviços de campo) e Tahto (do segmento de call center). A solicitação ocorreu perante a 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, mesmo foro onde tramita a recuperação judicial da tele.

O Pedido de Recuperação Judicial integra o processo de reestruturação global do grupo e teria como objetivo "preservar a continuidade das operações e viabilizar a reorganização econômico-financeira das Sociedades, por meio do reforço de capital necessário à manutenção de suas atividades e à realização de investimentos nas linhas de negócio remanescentes do Grupo Oi", segundo fato relevante publicada nesta manhã.

"As medidas adotadas visam criar condições adequadas para a estabilização operacional e a proteção dos interesses dos credores, empregados e demais partes interessadas das Sociedades, conforme será refletido no plano de recuperação judicial a ser oportunamente apresentado aos credores das Sociedades para deliberação", prometeu a Oi.

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Receitas e projeções

A Oi tem tratado suas subsidiárias integrais como ativos com potencial de crescimento e geração de valor. No laudo econômico-financeiro protocolado junto ao pedido de aditamento da recuperação judicial da própria operadora, na última terça-feira, 1, são feitas projeções sobre as receitas futuras da dupla de controladas. 

No caso da Serede, a expectativa é gerar receita operacional líquida de R$ 522 milhões entre junho e dezembro de 2025, ou 19% da receita do grupo Oi. A Tahto seria responsável por R$ 249 milhões no mesmo período até o final do ano, ou 9% da receita esperada em todo o grupo. 

Em 2026, as premissas projetivas indicam R$ 691 milhões em receitas para a Serede, com valores caindo no ano seguinte. Já a Tahto tem projeção de R$ 421 milhões no ano que vem, com trajetória ascendente a partir de 2027. Entre as principais clientes das subsidiárias está a Nio, operação de banda larga formada pela V.tal após a compra da unidade de fibra da Oi. 

Ao lado da Oi Services, outra controlada da Oi que também presta serviços à Nio, as operações das subsidiárias somaram receitas de R$ 574 milhões em 2024 (+28%) e de R$ 166 milhões (+19%) no primeiro trimestre deste ano.

(Matéria atualizada para inclusão de projeções de receita da Serede e Tahto) 

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