Crise da Embratel teria ?dimensão militar?

Circulam no mercado rumores de que a preocupação com o futuro da Embratel já não seria mais apenas com os aspectos societários previstos pela Lei Geral de Telecomunicações, mas com ?a dimensão militar do problema?. Esse novo fator diria respeito a projetos de defesa, principalmente acordos referentes a satélites. Fonte do mercado acredita que, em termos estritamente operacionais, os resultados da Embratel referentes ao segundo trimestre devem ser melhores: a empresa estaria cobrando melhor as contas e teria aumentado o seu faturamento no segmento corporativo. Mesmo que essa informação se confirme, as ações da empresa não devem levar muita vantagem. Porque prevalece, de um lado, a pressão do dólar sobre sua dívida e, de outro, a considerável degringolada de sua controladora WorldCom.
Nesta quarta-feira, 3, o mercado chegou a esboçar algum interesse pela Embratel quando se noticiou que a IDT Corporation fez uma proposta de compra para as unidades de telefonia local e de longa distância da WorldCom no valor de US$ 5 bilhões. A IDT opera em muitos segmentos, que vão de cartões telefônicos e serviços de Internet a redes de fibra-ótica. Vale apenas US$ 1,28 bilhão no mercado e tem US$ 1,02 bilhão em caixa. Ou seja: é um pouco mais que duas Embratel. Isto responde por que o mercado não levou tão a sério a proposta e ainda derrubou a cotação de seu papel nos Estados Unidos em 1,6%. No Brasil, as ações da Embratel encerraram o pregão valendo R$ 1,81, com mais uma queda de 1,63%.

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