90% dos acessos móveis serão 3G ou 4G na América Latina em 2020

Em 2020, 90% dos acessos móveis na América Latina serão 3G ou 4G. É o que informa a nova edição do Relatório de Mobilidade da Ericsson, publicada nesta quarta-feira, 3.

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No entanto, o consumo de dados móveis continuará baixo na região em comparação a mercados desenvolvidos. Nos Estados Unidos, por exemplo, a média atual é de 2,4 GB/mês por usuário e deve atingir 14 GB/mês até 2020. Já o usuário latino-americano consome em média apenas 0,8 GB/mês e chegará a 3 GB/mês em 2020. De acordo com o especialista do Consumer Lab da Ericsson para América Latina, André Gualda, um dos motivos para não alcançarmos os patamares norte-americanos de dados é a lentidão da instalação do 4G na região, tecnologia que é fundamental para o consumo de aplicações de vídeo, por exemplo.

Crescimento de smartphones

O estudo indica que até 2020 vai dobrar a base de smartphones em serviço na América Latina e Caribe, atingindo 603 milhões. Serão adicionados 330 milhões de novos smartphones em serviço na região nesse intervalo de tempo. Embora seja visto como um crescimento forte, isso é parte de uma tendência mundial para países em desenvolvimento, ante os mercados maduros. 

"Países mais maduros não têm mais como dobrar (os assinantes). Os países em desenvolvimento tem muito espaço para crescer", explica Gualda. "O crescimento nos países maduros é apenas da movimentação de troca de aparelhos. Por outro lado, nos países em desenvolvimento é devido à entrada de novos usuários".

Futuro das teles

O pesquisador ainda explica que o crescimento de smartphones e de consumo de dados na América Latina deve mudar a forma de atuação das operadoras de telefonia. Em especial, pela possibilidade de desenvolvimento do gadget e pelo aumento de consumo de dados.

"Antigamente, o pager e a linha fixa não criaram novos modelos de negócios. Já os smartphones são uma caixa de pandora! Tem uma infinidade de oportunidades, aplicações e modelos de negócios", afirma o executivo da Ericsson. "Isto vai acontecer (substituição de dados por voz). E as operadoras precisam se preparar muito bem e se adaptar aos novos modelos de negócios. Com essa grande gama de aplicações que precisam das operadoras, novos negócios e parcerias podem ser uma saída (para as teles)", completa.

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