A Telefônica/Vivo tem uma estratégia de implantar a rede ótica para oferecer acesso FTTH em São Paulo, onde está presente em 30 cidades e deverá chegar até o final do ano com pelo menos mais cinco municípios. Mas, de acordo com o diretor de FTTH da operadora, André Kriger, o problema é que a fibra não é mais a última milha. "A última milha é o Wi-Fi e a pergunta é: como resolver a entrega de altíssima velocidade via Wi-Fi?", indagou ele durante o Broadband Forum nesta terça, 3, em São Paulo. Por isso mesmo, a empresa deverá começar a liberar na próxima semana o acesso sem-fio dual-band por meio da faixa de 5 GHz, menos congestionada do que a banda de 2,4 GHz tradicional e com mais canais disponíveis.
Kriger explica que uma atualização over-the-air chegará aos modems de novos assinantes e de clientes antigos de banda larga com IPTV, já que estes possuem um equipamento (chamado de BHS) que separa o sinal vindo da fibra para os dois serviços. "Todos os equipamentos (da Vivo Fibra) têm Wi-Fi normal, e o equipamento de IPTV tem o 5 GHz disponível. A gente está começando a habilitar nesta semana para os clientes", diz. "Vamos avisar aos clientes, por e-mail, que a partir de agora a rede está habilitada", explica. Haverá um passo-a-passo para guiar o cliente nesse acesso para acessar o painel do equipamento e ligar a novidade.
Segundo o executivo, o BHS possui capacidade de distribuir sinal Wi-Fi nas duas frequências, mas ainda terá que oferecê-las como redes separadas. A ideia da Vivo é poder oferecer uma experiência mais transparente para o usuário. "A Apple (com o roteador Airport Express) usa o mesmo nome de rede para as duas bandas. Os nossos equipamentos ainda não são assim, mas estamos trabalhando para unificar", garante.
Enquanto trabalha no roll-out do Wi-Fi em 5 GHz para os clientes com IPTV, a operadora já pensa em usar o padrão de maior capacidade, o 802.11ac em 2015. "Vamos evoluir para isso no ano que vem com certeza, mas o ciclo de desenvolvimento é longo, porque tem que ser um equipamento que precisa ser atualizado à distância. Não adianta comprar equipamento do mercado, tem que customizar para a nossa rede", detalha. Naturalmente, André Kriger garante que todas as novas tecnologias continuarão com retrocompatibilidade com a rede 2,4 GHz e 802.11 b/g/n.
Crescimento da infraestrutura
A Vivo Fibra iniciou o ano com 2,1 milhões de homes-passed, mas o executivo garante que chegará a 3,5 milhões até dezembro. "Iremos quase dobrar a rede. Nas partes onde já temos fibra, estamos aumentando a cobertura, e agora chegaremos a novas cidades", declara. O diretor de FTTH diz que pretende resolver primeiro a questão do Wi-Fi para, só então, estudar novas velocidades além dos 200 Mbps, a máxima ofertada. "As ofertas de 500 Mbps e de 1 Gbps com certeza são possíveis", garante. "A gente está discutindo isso, está em processo", conclui.
Tenho um MAc apple e o mesmo bloqueia ( e fica tela azul), quando instalado o Vivo Fibra e própria Vivo não resolve, o que fazer?