Dispositivos M2M podem chegar a 800 milhões em 2019, prevê Ericsson

Impulsionada pela redução de custos dos terminais e de tarifas, de uma maior cobertura e de políticas regulatórias favoráveis, as conexões machine-to-machine (M2M) devem ganhar impulso nos próximos cinco anos, podendo chegar a 800 milhões de dispositivos M2M no mundo em 2019. A previsão foi feita pela Ericsson em seu Mobility Report de junho, divulgado nesta terça-feira, 3. De acordo com a fabricante sueca, eram 200 milhões de dispositivos M2M ativos em todo o mundo ao final de 2013, "número este que deve crescer de 3 a 4 vezes até 2019". A fornecedora sueca estima ainda que a penetração das conexões M2M deva passar dos 2% da base móvel total para 20% no mesmo período "nas operadoras que decidirem focar" nesse segmento. O total de assinantes móveis deve chegar a 9,2 bilhões até o fim de 2019.

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A maioria desses dispositivos (64%) ainda tem conectividade GSM (2G), mas a expectativa é de que, a partir de 2016, tecnologias de 3G e 4G passem a ser dominantes no segmento M2M. Para 2019, a prospecção da Ericsson é de que dos dispositivos M2M, 30% sejam 2G; 50%, 3G; e 20% 4G LTE. Atualmente, conexões LTE para M2M são apenas 1% da base de comunicação entre máquinas, mas em 2019 responderão por 40% dos embarques de dispositivos do segmento.

O cenário atual de predomínio de dispositivos M2M de 2G se justifica, na análise da Ericsson, porque os módulos GSM para M2M ainda são mais baratos, e essenciais quando se leva em consideração assinaturas de serviços com baixa receita média por usuário. Outro ponto é que as aplicações atuais de comunicação entre máquinas ainda exigem pouca banda e baixa velocidade da rede móvel. "O tráfego M2M representam uma participação pequena – em torno de 1%– do tráfego móvel total em termos de bytes. Esta participação deve crescer na medida em que dispositivos M2M LTE e processadores mais robustos sejam incluídos em aplicações que demandem altas bandas e baixa latência, como eletrônicos de consumo e veículos conectados", aponta o levantamento.

Em nota, o diretor de Inteligência de Mercado da Ericsson para América Latina, André Gildin, avalia que "Ao longo do tempo, os serviços e aplicações celulares M2M relacionados com, por exemplo, sistemas de transporte inteligente irão exigir latência muito curta para serem eficientes. Vemos também novas aplicações M2M e de dispositivo para dispositivo como foco principal das redes 5G".

O estudo avalia ainda a necessidade de garantir um serviço seguro, com custos apropriados e com interconectividade entre as redes das diversas operadoras em uma estrutura de roaming global para aumentar a penetração de aplicações M2M, especialmente quando se pensa em monitoramento de veículos e sistemas de gerenciamento de frotas.

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