Em uma parceria com o Instituto Algar, a Algar Telecom está iniciando uma edição Garotas Digitais do programa Talentos de Futuro. Mulheres de Uberlândia (MG) entre 17 e 24 anos que queiram começar a desenvolver no ramo da tecnologia podem se inscrever até 10 de maio em um curso de formação totalmente gratuito e digital, com certificação.
As inscrições para as turmas já estão abertas a partir de alguns requisitos: estar no 3º ano do ensino médio em escola pública ou estar cursando até o 3º período de faculdade, na área de tecnologia; ter uma renda per capita de até três salários-mínimos; ter um computador; e possuir disponibilidade de tempo para realização das atividades.
O objetivo é contribuir para que o público feminino possa adquirir as habilidades tanto técnicas quanto comportamentais necessárias para atuar na área. As aulas serão ministradas no formato híbrido e acontecerão entre maio e agosto deste ano. Os encontros presenciais serão semanais e acontecerão na Faculdade Esamc; já os encontros online serão quinzenais.
Do ponto de vista técnico, serão contemplados os seguintes temas: lógica, lógica de programação e Java. Já a formação comportamental trará as competências básicas para inserção e permanência no mercado de trabalho, abordando tópicos como ética, trabalho em equipe, comunicação, negociação e inovação.
"A sub-representação das mulheres no universo da tecnologia, da inovação e das Ciências Exatas em geral é um problema com raízes profundas. Diferente do que muitos imaginam, essa situação não tem nenhuma relação com a capacidade intelectual de meninas, mesmo que ainda hoje persista a ideia de que elas não tenham uma habilidade natural para essas áreas, e sim para humanas", afirmou a diretora do Instituto Algar, Carolina Toffoli.
"Esse é um mito que precisamos ajudar a desconstruir. Queremos contribuir com isso e com a realização de iniciativas que possam ajudar a promover uma maior diversidade no universo da TI e das telecomunicações", completou Toffoli.
Apesar de serem quase metade do total de trabalhadores formais do País, dados da CIPPEC apontam que mulheres representam apenas 20% dos empregos especializados em ciência e tecnologia no Brasil, segundo a Algar. Um outro estudo elaborado pelo Boston Consulting Group e citado pela operadora aponta que pessoas do gênero feminino ocupam somente 9% dos cargos de CEO em empresas de tecnologia do mundo.