Nos EUA, a disputa entre operadoras de cabo e teles pelo mercado de banda larga fez, definitivamente, uma vítima: a tecnologia de ADSL. Ao que tudo indica, nem mesmo as operadoras de telecomunicações acreditam que esta tecnologia tenha alguma chance de sobrevivência em um universo em que as velocidades de acesso triplicaram nos últimos três anos com praticamente os mesmos preços. Tanto é que todo o esforço das teles está se concentrando nas redes de fibra e nos serviços móveis.
A maior operadora de cabo dos EUA, a Comcast, por exemplo, diz que 60% de seus clientes de banda larga conseguidos em 2008 vieram de serviços ADSL, disse Brian Roberts, presidente da operadora, durante a NCTA Cable 2009, que acontece esta semana em Washington.
"Para muitos assinantes, banda larga é de fato o serviço mais importante que temos a oferecer", diz Glenn Britt, presidente da Time Warner Cable. Segundo os operadores de cabo, as pesquisas com os usuários após o início da crise financeira revelam que não mais do que 15% consideram se desfazer de serviços de TV paga. E apenas 5% pensam em desconectar o serviço de banda larga.
Para os operadores de cabo, com as ofertas de wideband por meio da tecnologia DOCSIS 3.0 (que os principais operadores começam a oferecer, com velocidade de 50 Mbps), o jogo da banda larga está empatado. A diferença, agora, será na oferta de serviços de vídeo em alta definição e serviços de vídeo inteligentes. "Já vimos a popularização do conceito de time-shifting com os DVRs. Agora começa o processo de adoção do place-shifting: primeiro, dentro da casa do usuário, com a possibilidade de ter acesso ao conteúdo do DVR em qualquer ponto de TV por assinatura. E depois com a possibilidade de acesso aos conteúdos de vídeo em qualquer lugar ou dispositivo", disse Dan Moloney, presidente da divisão de home & network da Motorola.
